terça-feira, 25 de junho de 2024

Kardian Premiere Edition 1.0 Turbo - o SUV que movimentou o segmento dos B-SUVs!


O Kardian pode ser um marco para a Renault, sem dúvida o melhor carro que ela lançou nos últimos anos. Design harmônico e moderno, interior bem feito e confortável, tecnologias atuais, muita segurança e espaço interno acima da média. Seu porte, porém, o classifica como B-SUV, ao lado de Pulse e Nivus, que são modelos baseados em hatches compactos e comprimento total pouco acima dos quatro metros. Em muitos quesitos agrada mais do que os concorrentes diretos, mas tem pontos de atenção.


A boa impressão começa no design, passa pelo conjunto ótico em Led e segue na chave presencial, que trava o carro ao se afastar e destrava ao aproximar. Apesar de ter 20cm de altura do solo, o banco do motorista fica bem baixo, o que facilita transferência. Porém o recuo da lataria na coluna B limita o acesso e incomoda os mais altos.


O conforto dos bancos é incrível, as abas laterais seguram bem o corpo e a mistura de tecido e couro ecológico agrada. O botão de partida fica meio escondido, ao ligar revela o painel digital de 7" configurável bem completo. Dá pra mudar a cor do painel e das luzes de Led nas portas, são oito cores disponíveis, que mudam também ao escolher o modo de direção entre Eco, Sport e My Sense. O freio de mão é eletromecânico, muito prático.


Colocando no modo Sport a sensação que o motor 1.0 turbo de três cilindros dá é que sua potência e torque são maiores do que os 125 cv e 22,4 kgfm, esse último é o maior da categoria. 


Ele emite ainda um ronquinho gostoso, evidenciado pelas trocas de marcha do câmbio de dupla embreagem banhada a óleo. Dá para ouvir as trocas, mas não são sentidas no interior. Gostei do comportamento do câmbio.

A estabilidade é boa e o consumo razoável. Na cidade faz em torno de 8 km por litro na gasolina, sendo que pelo Inmetro o número é 13 km/l, superestimado. Na estrada chegou a fazer 16, mas a média final ficou em 14,5 km/l, sendo que o número do Inmetro é 13,9 km/l. Comparando a outros SUVs, é bom.


Uma das estrelas são os ADAS, tem mesmo várias babás eletrônicas mas o ACC não é do topo stop & go, deveria ser. Tem seis Air bags, frenagem autonoma de emergência e outros, mas o retrovisor não é eletrocrômico.


O espaço interno é muito bom atrás, são 2,60 de ente eixos, mas na frente é só razoável, o console central largo pega na perna dos grandões, como eu. Falta saída de ar condicionado para quem vai atrás, mas o espaço é acima da média, mesmo com o banco da frente todo para trás cabem adultos atrás, se não forem muito altos.


O porta malas é mediano considerando Pulse e Nivus como concorrentes diretos, melhor que o primeiro e pior que o segundo. São 358 litros pelo método VDA, mas a Renault divulga 410 no método litragem, mais otimista. No Nivus são 415 litros (VDA) e no Pulse 318 (VDA) ou 370 (litragem). Na prática tem um volume razoável, mas é bem profundo, o que complica a vida de quem precisa guardar volumes grandes ou pesados, é necessário elevar bastante o item até alcançar a borda do porta malas. Para guardar uma cadeira de rodas é necessário retirar as rodas e elevar bastante. O ponto positivo é que a cadeira cabe bem assentada no fundo, coisa que não acontece no Pulse, mas o espaço que sobre é limitado.


No fim das contas é um carro bonito, gostoso de dirigir, potente, seguro e econômico. Mas o porta malas podia ser maior.

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Nova Spin Premier, como ficou a dona do maior porta malas do mercado nacional


Ela já foi um dos modelos preferidos pelo público PCD por ter o maior porta malas do mercado nacional. Para quem leva cadeiras de rodas, em especial motorizadas, ela era a única opção com isenções de impostos a levar com sobra este tipo de equipamento. E ainda era a opção mais em conta do mercado a levar sete passageiros.

Porém os atrativos da Spin se resumiam a isso. Seu design era sem graça, com cara de carro de trabalho. O interior era muito básico, plástico de aparência simples e desenho obsoleto. E pra piorar tinha só dois Air bags.

Mas na versão 2025 isso mudou radicalmente. O design ganhou elementos inéditos com faróis em Led separados do DRL, desenho moderno e capô mais elevado. Na lateral tem estilo SUV com plásticos nas caixas de roda e lateral. Atrás sofreu poucas mudanças mas manteve linhas sóbrias.


No interior a Spin inaugurou uma série de equipamentos, a começar pelo belo painel digital colorido de 8" configurável, que substitui o antiquado cluster analógico com uma diminuta tela central. Agora é possível ver no painel as principais informações necessárias a uma condução segura e confortável.


Outro grande destaque é a melhoria em segurança, passa a oferecer seis Air bags em todas as versões, controle de estabilidade e tração, assistente de frenagem de emergência e o inédito alerta de mudança de faixa. Ainda faltou o ACC, tem apenas piloto automático convencional, mas foi uma grande evolução que deixa seus consumidores mais tranquilos. Porém ainda escorrega em ergonomia, por não oferecer ajuste de profundidade no volante, ajuste de altura no cinto nem encosto de braço central.


Outra estreia é da moderna central multimídia MT Lynk que agora tem 11", conectividade sem fio e uma qualidade de imagem bem melhor, bom pra câmera de ré, agora mais nítida. E incorpora um novo e moderno computador de bordo, que era um dos mais simples do mercado. O espaço interno, porta malas e sete lugares continuam excelentes, mantendo a versatilidade do modelo.


Uma das maiores críticas a esse modelo novo foi a manutenção do antigo motor 1.8 aspirado que rende 111cv e 17,7 kgfm de torque. Como não é um carro tão leve, pesa 1292 Kg, o peso/potência e peso/torques não são animadores, 11,64 kg/cv e 73 kg/kgfm, o que se traduz em retomadas lentas e demora para ganhar velocidade. O motor é defasado mas é confiável e de baixa manutenção. E melhorou o consumo, agora 7,4 e 9,3 km/l no etanol (cidade-estrada). 



Seus maiores atributos ainda são o espaço com 2,62 m de entre eixos, apesar de não ser muito, os bancos traseiros correm sobre trilhos e possibilitam aumentar o espaço útil. E tem o porta malas de 553 litros quando a terceira fileira está recolhida, volume que cai para 162 litros com os sete lugares - sendo essa mais uma atração do modelo, levar até sete pessoas.


Pra PCD só tem isenção total com câmbio manual, o que a deixa menos competitiva. Vale a pena?

ModeloPreços públicosPreços PcDDiferença
Spin LT 5 lugares 1.8 MTR$ 119.990,00R$ 100.210,00R$ 19.780,00
Spin LT 5 lugares 1.8 ATR$ 126.990,00R$ 114.679,00R$ 12.311,00
Spin LTZ 7 lugares 1.8 ATR$ 137.990,00R$ 124.612,00R$ 13.378,00
Spin Premier 7 lugares 1.8 ATR$ 144.990,00R$ 126.884,00R$ 18.106,00



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