Cônsul Geral da Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen |
A Cônsul Geral da
Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen, mostrou aos participantes como a Dinamarca
trata os lesados medulares. Desde o início da década de 90, novo protocolo de
tratamento oferece aos pacientes dois centros especializados, um no oeste do
País e outro em Copenhagen. Além de tratamento, as entidades colaboram na
inclusão social. Mais de 50% dos lesados medulares trabalham. O cateterismo
intermitente é o método adotado na maioria dos casos.
O Diretor-Geral da
Coloplast do Brasil, Everson Soares, disse que a empresa desenvolve produtos
para pacientes que precisam de cuidados íntimos, desde 1957. “Neste ano, no
Brasil, já atendemos mais de 12mil pacientes no Programa Ativa “,
destacou. A enfermeira
estomaterapeuta Gisela de Assis falou sobre a introdução ao cateterismo
intermitente e cateter hidrofílico e o urologista José Carlos Truzzi, da SBU,
desmitificou o esvaziamento
da bexiga. Os profissionais de saúde explicaram que o cateter hidrofílico oferece menos chance de infeção, de
hospitalização, evita sangramento e estreitamento da uretra. “O cateterismo
intermitente traz independência e socialização ao lesado medular”, afirmou o
médico.
Em
1990, o policial militar Alexandre Miragaia foi baleado e ficou tetraplégico.
Sem orientação e com pouco contato com outros cadeirantes não sabia que precisa
fazer o cateterismo intermitente, procedimento para esvaziar a bexiga várias
vezes ao dia. Passou anos com problemas de saúde e foi internado várias vezes.
Ele começou a fazer o cateterismo quando entrou na Associação dos Policiais
Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo. “Depois que conheci
o cateter hidrofílico nunca mais fui internado”, disse.
Deputado Eduardo Barbosa |
No Brasil, segundo estimativas
do Ministério da Saúde, há cerca de 6 mil novos casos de lesão medular todos os
anos. Cerca de 80% das vítimas são homens jovens, que podem ter o controle da
bexiga afetado. Esse órgão pode se comportar de maneira desconexa, resultando em
perda urinária frequente e esvaziamento incompleto. O resíduo de urina não
eliminado propicia a multiplicação bacteriana o que causa infecção urinária e
pode refluir para os rins, podendo levar a perda de sua função.
O
resíduo de urina pode ser removido de maneira simples e segura pela própria
pessoa com lesão medular por meio de um procedimento mundialmente recomendado: o
cateterismo intermitente, que consiste na introdução de um cateter, que é um
tubo transparente, através da uretra para esvaziar a bexiga. O procedimento deve
ser feito de quatro a seis vezes ao dia. O workshop foi realizado nesta segunda-feira (24/10), no
Hotel Renaissance, em São Paulo.
Sobre a Coloplast
Multinacional dinamarquesa presente em mais de 132
países, foi fundada em 1957, emprega mais de 10.000 funcionários pelo mundo,
cujo negócio inclui soluções para Estomia, Urologia e Incontinência, e Cuidados
de feridas e da pele.
Elise Sørensen, uma enfermeira dinamarquesa, percebendo
os problemas de sua irmã Thora, que foi submetida a uma operação de estomia,
passando a temer sair de casa pelo risco de sua estomia vazar em público, criou
a primeira bolsa adesiva de estomia do mundo: uma bolsa que não
vazava.
No Brasil, a Coloplast está presente desde 1989, e
desenvolve produtos e serviços que tornam mais fácil a vida para pessoas com
necessidades em cuidados íntimos de saúde.
Em 2012, 2013, 2014 e 2015, a Coloplast foi eleita em
pesquisa realizada pela consultoria independente Patient View, a empresa de
Dispositivos Médicos com a melhor reputação no mundo por mais de 400 grupos
pacientes. Em 2012 e 2013, foi eleita pelo Instituto Ethisfere uma das empresas
mais éticas e por 3 anos consecutivos, está entre as 50 empresas mais inovadoras
do mundo segundo o ranking da Forbes.
Desde 2010, o programa de atendimento gratuito,
Coloplast Ativa, oferece suporte ao paciente desde o primeiro momento durante a
reabilitação até o seu dia a dia em casa, através da visita de enfermeiros
especializados.
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