segunda-feira, 21 de novembro de 2016

SBU tem novas Recomendações sobre Cateterismo Vesical Intermitente

A Sociedade Brasileira de Urologia divulga guia prático com revisão dos principais estudos nacionais e internacionais voltados à indicação e orientação pelo urologista do cateterismo vesical intermitente aos pacientes com disfunções miccionais.
Nos últimos 40 anos, após a introdução do cateterismo vesical intermitente como método terapêutico, a redução das complicações no trato urinário e a melhoria na qualidade de vida, principalmente dos lesados medulares, é notória.
Os crescentes índices de resistência bacteriana aos antimicrobianos, torna indispensável à prática diária do urologista, noções sobre conceitos básicos, boas práticas e incorporação de novidades, como o uso dos cateteres com revestimento hidrofílico, em busca de menores taxas de infecção urinária.
As novas recomendações 2016 são de autoria dos renomados doutores José Carlos Truzzi, Alfredo Felix Canalini, José Antônio Prezotti e Júlio Resplande e estão disponíveis no link:

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Estão acabando as opções

Quer comprar um carro bonito, cheio de opções de conforto, com isenção de impostos? Esqueça.
Quando comprei meu segundo carro após a lesão, um Bravo Dualogic em 2011, na Automax, fiquei incomodado com o limite de isenção, que era de 70 mil reais, e não permitia acrescentar um opcional que me traria mais conforto, o kit multimídia. Não entrava na minha cabeça limitar o valor para compra com isenções, se a pessoa tem o dinheiro, porque limitar? Deficiente está proibido de ter conforto? Quando meu carro completou dois anos, em 2013 - foi justamente quando saiu a lei que permitia solicitar a isenção a cada dois anos - o limite de isenção continuava o mesmo. Achei melhor esperar para trocar de carro, pois queria comprar um veículo mais completo, e acreditei que logo logo iriam aumentar este limite, que já durava quatro anos. 
A Reatech sempre tem stands de montadoras. Elas estão desanimando, não tem mais muitas opções com isenção.
No ano seguinte já haviam rumores sobre o aumento da isenção, e tudo seria discutido na Reatech, que fui, mas nada foi decidido. Levaram a discussão para o fim do ano, e nada de aumento do limite. Chegou 2015, fiquei em cima, assinei petição para aumentar o limite, mandei uns dez e-mails para a CONFAZ - órgão que regula a isenção de ICMS, que é a que tem essa regra estúpida - e nada de resposta positiva. Me mandam sempre o e-mail padrão: "o assunto encontra-se em estudo". Que estudo é esse que dura mais de seis anos??? Estão precisando de universitários para ajudar? Eu arrumo alguns!
Opções de conveniência como comandos no volante e bluetooth estão ficando fora do cardápio
Esperei, esperei e perdi a paciência. Procurei, procurei, e acabei comprando um dos últimos carros grandes remanescentes, uma Chevrolet Spin. Carros médios como Volkswagen Golf, Fiat Bravo, Ford Focus e Chevrolet Cruze já não tem modelos automáticos abaixo de 70 mil. O que as montadoras fazem é "pelar" alguns modelos automáticos para ficarem no limite e os anunciam por 69.990,00. Você compra achando que vai finalmente ter conforto e percebe que em alguns casos nem rádio o carro tem. É o que a Toyota faz com o Corolla. Vende para deficientes sem opções que ajudam no dia a dia como bluetooth e comandos no volante. E alguns itens não tem como incluir depois, ou ficam tão caros que não vale a pena. O mesmo acontece na Volkswagen, dá para comprar veículos automáticos e depois ficamos atrás de sites como este link para melhorar o veículo.
Já pensou comprar um carro e ter que carregar a cadeira assim?

Não sei o que mais podemos fazer para sensibilizar as pessoas que travam este limite insano para aquisição de veículos com isenção. Ficamos reféns das opções que diminuem a cada dia, e todos sabem que ter um carro não é luxo para quem tem limitação, é necessidade. Minha preocupação nem é com conforto, mas sim espaço. Quem usa cadeira de rodas sabe o quanto é importante um bom porta malas. Mas como comprar um carro grande se até carros pequenos estão passando do limite? Outra coisa que está passando do limite é nossa paciência...

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Especialistas defendem uso do cateter hidrofílico

Cônsul Geral da Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen
O Consulado Geral da Dinamarca em São Paulo, em parceria com a Coloplast, promoveu o workshop “Cuidado em Saúde Urológica para Lesados Medulares. O evento contou com a participação de médicos da Sociedade Brasileira de Urologia, lesados medulares que fazem o procedimento de esvaziamento da bexiga, enfermeiros estomaterapeutas, políticos e entidades parceiras.
A Cônsul Geral da Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen, mostrou aos participantes como a Dinamarca trata os lesados medulares. Desde o início da década de 90, novo protocolo de tratamento oferece aos pacientes dois centros especializados, um no oeste do País e outro em Copenhagen. Além de tratamento, as entidades colaboram na inclusão social. Mais de 50% dos lesados medulares trabalham. O cateterismo intermitente é o método adotado na maioria dos casos.
O Diretor-Geral da Coloplast do Brasil, Everson Soares, disse que a empresa desenvolve produtos para pacientes que precisam de cuidados íntimos, desde 1957. “Neste ano, no Brasil, já atendemos mais de 12mil pacientes no Programa Ativa “, destacou. A enfermeira estomaterapeuta Gisela de Assis falou sobre a introdução ao cateterismo intermitente e cateter hidrofílico e o urologista José Carlos Truzzi, da SBU, desmitificou o esvaziamento da bexiga. Os profissionais de saúde explicaram que o cateter hidrofílico oferece menos chance de infeção, de hospitalização, evita sangramento e estreitamento da uretra. “O cateterismo intermitente traz independência e socialização ao lesado medular”, afirmou o médico.
Em 1990, o policial militar Alexandre Miragaia foi baleado e ficou tetraplégico. Sem orientação e com pouco contato com outros cadeirantes não sabia que precisa fazer o cateterismo intermitente, procedimento para esvaziar a bexiga várias vezes ao dia. Passou anos com problemas de saúde e foi internado várias vezes. Ele começou a fazer o cateterismo quando entrou na Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo. “Depois que conheci o cateter hidrofílico nunca mais fui internado”, disse.
Deputado Eduardo Barbosa
O presidente da Subcomissão de Saúde e presidente da Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência da Câmara Federal deputado Eduardo Barbosa, se comprometeu a iniciar as discussões sobre a distribuição do cateter hidrofílico pelo governo. “Já perdi muitos amigos com insuficiência renal. Espero que tenhamos desdobramentos desse assunto na Câmara”, falou o deputado.
No Brasil, segundo estimativas do Ministério da Saúde, há cerca de 6 mil novos casos de lesão medular todos os anos. Cerca de 80% das vítimas são homens jovens, que podem ter o controle da bexiga afetado. Esse órgão pode se comportar de maneira desconexa, resultando em perda urinária frequente e esvaziamento incompleto. O resíduo de urina não eliminado propicia a multiplicação bacteriana o que causa infecção urinária e pode refluir para os rins, podendo levar a perda de sua função.
O resíduo de urina pode ser removido de maneira simples e segura pela própria pessoa com lesão medular por meio de um procedimento mundialmente recomendado: o cateterismo intermitente, que consiste na introdução de um cateter, que é um tubo transparente, através da uretra para esvaziar a bexiga. O procedimento deve ser feito de quatro a seis vezes ao dia. O workshop foi realizado nesta segunda-feira (24/10), no Hotel Renaissance, em São Paulo.
O workshop no Hotel Renaissance contou com estrutura completa

Sobre a Coloplast
Multinacional dinamarquesa presente em mais de 132 países, foi fundada em 1957, emprega mais de 10.000 funcionários pelo mundo, cujo negócio inclui soluções para Estomia, Urologia e Incontinência, e Cuidados de feridas e da pele.
Elise Sørensen, uma enfermeira dinamarquesa, percebendo os problemas de sua irmã Thora, que foi submetida a uma operação de estomia, passando a temer sair de casa pelo risco de sua estomia vazar em público, criou a primeira bolsa adesiva de estomia do mundo: uma bolsa que não vazava.
No Brasil, a Coloplast está presente desde 1989, e desenvolve produtos e serviços que tornam mais fácil a vida para pessoas com necessidades em cuidados íntimos de saúde.
Em 2012, 2013, 2014 e 2015, a Coloplast foi eleita em pesquisa realizada pela consultoria independente Patient View, a empresa de Dispositivos Médicos com a melhor reputação no mundo por mais de 400 grupos pacientes. Em 2012 e 2013, foi eleita pelo Instituto Ethisfere uma das empresas mais éticas e por 3 anos consecutivos, está entre as 50 empresas mais inovadoras do mundo segundo o ranking da Forbes.

Desde 2010, o programa de atendimento gratuito, Coloplast Ativa, oferece suporte ao paciente desde o primeiro momento durante a reabilitação até o seu dia a dia em casa, através da visita de enfermeiros especializados.

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