segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Paris para cadeirantes - Parte 2

O  Pensador. Fiquei pensativo...
Continuando o passeio por Paris, depois da Torre Eiffel fomos ao Museu Rodin. Para entrar no museu, assim como na torre, não peguei fila e nem paguei, os seguranças são experientes e os recepcionistas te dão todas as informações necessárias. O Museu Rodin é um dos mais legais de Paris, com belíssimas esculturas e jardins, tem acessibilidade para cadeirantes em todas as dependências, com rampas e elevadores, tudo dentro das normas. 

Rampas suaves para entrar no Museu
Depois de passar pela portaria, onde há uma loja de lembranças, uma rampa leva ao jardim onde estão as mais conhecidas obras, O Pensador e a Porta do Inferno, entre outras. Após apreciar as esculturas e os jardins, fomos para o prédio principal, onde há rampas e uma porta exclusiva. Depois de ver as obras do primeiro andar, há um elevador para o segundo. Achei interessante como eles esconderam o elevador, com uma porta oculta na parede. Só se vê um pequeno botão com o símbolo da acessibilidade, que ao ser apertado revela a porta, aberta eletronicamente, em um espaço da parede. Fiz um filme por dentro, saído do elevador, vejam abaixo.
Algumas obras no jardim da frente
Gostei de ver no segundo andar uma professora ensinando a curiosos aluninhos um pouco sobre a história e as obras de arte de Rodin. Que privilégio destes pequenos! Todos educadamente sentados e prestando atenção. É outro nível, eles estudam os grandes artistas direto na fonte, no local em que viveram. Há modelos e esboços de Rodin, em algumas salas há dezenas deles. Me surpreendi com uma das obras, um corpo feminino com as pernas abertas! E a genitália era cheia de detalhes! Pena que a foto que tirei não ficou boa, pois a escultura é em bronze, e ficava em um canto, contra a luz. Rodin era meio tarado mesmo, não são poucas as esculturas de corpos nus e ainda tem uma na entrada que retrata três homens pelados, um atrás do outro. O cara era bem liberal.
Alunos atentos à explicação da professora
Uma das loucas e lindas obras de Rodim
Rodamos por todas as salas e fomos para os fundos, onde há belos jardins, mais obras de arte, e um café delicioso. Mas o chão é de pedrinhas, dá para rodar sozinho, mas com o tempo cansa. Antes de chegar no café há um banheiro adaptado, que estava aberto e bem limpo. Fomos direto para o café, onde dei uma tarefa para a Gi: se virar sozinha para pedir um lanche pra gente. Não seria difícil, pois eu queria croassant e chocolate, além de macarrones, todos nomes que a gente fala por aqui. Ela foi lá dentro e voltou super feliz por ter conseguido se fazer entender! Eu ri. Depois fomos até o final, onde há um lago, bancos e mais obras lindas. Foi super agradável, é um museu imperdível.
Delicioso café nos fundos do Museu
Lago e mais esculturas no final do jardim dos fundos
Do Rodin fomos ao Musée de l'Armée (Museu das Armas), que fica bem ao lado, dá para ir rodando. Ele fica ao lado da Institution Nationale des Invalides, uma espécie de hospital militar, onde vi vários cadeirantes passeando pelo belo jardim. Me senti em casa! Vários coleguinhas! A Gi cogitou me deixar lá mesmo, mas lembrou que não fala inglês e precisaria de mim. Ufa, salvo pela língua!
É comigo?
Entramos no Museu e lá dentro vimos diversos tipos de armas, de canhões a espadas, e dezenas de armaduras muito bacanas. O museu conta um pouco da história das guerras mundiais e das conquistas francesas, há quadros enormes, maquetes, e até esquemas militares em painéis multimídia! Bem interessante. Na volta para o museu pegamos um ônibus (me informei através do aplicativo Cittymapper, que te dá as opções de transporte de ponto a ponto) em direção à avenida Champs Elysées, onde descemos para subir a pé até o hotel. Deliciosa caminhada, anoitecendo. À noite jantamos no Le Courcelles, um delicioso bistrô próximo ao hotel. Comemos foie gras e tomamos vinho - nacional, claro.
Olha o Lancelot aí!
Não fui eu não, seu dedo duro!
Algumas armaduras em exposição
Pátio do Museu de l'Armée
No dia seguinte, mudamos de hotel. Com ajuda do recepcionista do Méderic, descobrimos o Hotel Des Deux Avenues, na Rue Poncelet, 38. Era mais caro setenta euros, porém não tinha outra alternativa. Felizmente este era todo acessível, apesar da calçada em frente ser estreita, ruim para virar. O quarto era muito grande e o banheiro todo adaptado, com cadeira de plástico móvel na parede. E o staff muito educado e prestativo. Este hotel era ainda mais próximo do Arco do Triunfo, menos de dez minutos andando. E tinha um bar/restaurante na esquina muito agradável, bom para tomar café ou uma cerveja à noite. Recomendo. 
Banheiro do Des Deux Avenues. Ótimo.
Os próximos museus da lista foram o Louvre e o d'Orsay. Conto no próximo post!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Paris para cadeirantes - parte 1

Em frente à torre mais famosa do mundo
Antes mesmo de elaborar o itinerário da minha viagem para a Europa, já sabia que iria a Paris. Meu pai conheceu a cidade nos anos 90 e sempre me disse que as pessoas não podem morrer sem conhecer Paris. Não espero morrer tão cedo, mas por garantia achei melhor resolver logo essa parada. Encaixei a cidade como destino seguinte a Madri, e ainda quis me fazer uma gracinha: como iria em início de outubro, programei para passar meu aniversário, que é dia 1º, na cidade! Além de curtir meu quadragésimo primeiro aniversário (abafa) na cidade Luz, iria repetir uma "zoada" que meu pai me deu em um certo réveillon. Ele estava na cidade e me ligou dizendo que estava "sofrendo" e tomando um champanhe "nacional" em Paris. Pela saco.
Além de pesquisar sobre a acessibilidade, me consultei com quem conhece bem a cidade, a Laura, do blog Cadeira Voadora. Liguei para ela para pegar dicas adicionais, pois já tinha lido todos os posts dela sobre Paris. Minha principal dúvida era em relação à circulação na cidade, e Laura me disse que o metrô não era boa alternativa, pois só uma linha é adaptada, e que ela andou muito de táxi por lá, apesar de não ser barato. Porém ela fala francês, e portanto não teve dificuldade de comunicação. Essa era outra dúvida, já tinha ouvido falar que os parisienses não gostam muito de falar inglês. Mas não é bem assim, o ideal, é abordar as pessoas na rua em francês, dizendo que não fala a língua, e perguntando se a pessoa poderia conversar em inglês. Decorei a frase "de abordagem" e para completar instalei um aplicativo que tem expressões e frases em francês chamado "aprenda francês grátis", que não precisa de internet na versão básica. Ajudou muito.
Depois de passar por Madri, chegamos a Paris no dia primeiro de outubro, no final da tarde. Me informei e disseram que os ônibus que iam para o Arco do Triunfo eram adaptados para cadeirantes. Porém precisaríamos atravessar o aeroporto até um ponto de ônibus. Depois de alguns minutos andando - e rodando - chegamos ao ponto. Para nosso azar, o próximo ônibus adaptado ia demorar mais meia hora. Como estava anoitecendo, perguntei se poderiam me carregar. Como se dispuseram, aceitei e embarcamos. Depois de uma hora chegamos ao Arco do Triunfo, e a retirada do ônibus foi aquela luta, um segurando por trás e outro segurando as pernas. Pelo menos a escada e a porta do ônibus são mais largos que dos brasileiros.

O Arco do Triunfo é surpreendente, imenso e belíssimo.
Nos deslumbramos um pouco com o Arco do Triunfo, iluminado e imponente, e seguimos para o Hotel Médéric, a 15 minutos a pé (e rodando), em uma ruazinha simpática de frente para um restaurante (o que foi ótimo, já que estávamos morrendo de fome). O hotel era menor do que parecia pelo site - isso acontece muito - e o quarto adaptado era no térreo e de frente para o salão de café da manhã (não incluso na diária). Entramos e o quarto era um pouco apertado, mas suficiente, e o banheiro era logo ao lado esquerdo. Mas foi só abrir a porta do banheiro para a decepção tomar conta. O box não só era minúsculo, como ficava sobre uma plataforma de uns quinze centímetros.
Box do quarto "adaptado" do Méderic
Impossível um cadeirante tomar banho ali. E olha que enviei e-mail para o Booking dizendo que era cadeirante e precisava de um banheiro adaptado, e eles responderam que estava tudo certo. Fui ao recepcionista reclamar e ele disse que era o único quarto adaptado. O jeito era ficar ali mesmo, e tomar banho sentado no vaso, que só seria possível porque o chuveiro era bem adaptado, ligado em uma mangueira. Só que não havia ralo do lado de fora do box - uma coisa que descobri ser muito comum também lá fora. Sem problema, coloquei uma toalha na porta para não invadir o quarto e tomei meu banho. Mas não dava para ficar ali, precisaria trocar de hotel. Como na hora não ia conseguir, relaxamos e jantamos no restaurante em frente, tomando vinho nacional - francês!
No dia seguinte fomos ao primeiro lugar que me veio na cabeça, a Torre Eiffel, claro! Pelo GPS ficava a quatro quilômetros, então resolvemos ir andando. É tudo muito charmoso em Paris, o café da manhã no hotel nem faz falta, é mais interessante tomar café em um dos diversos cafés da cidade. Passamos pelo Arco do Triunfo e seguimos pela Avenida Kléber. Sem muito problema, pois é tudo praticamente plano, só uma pequena subida. Ao final dela nos deparamos com o Trocadéro, uma pracinha com um monumento. Em frente, o Palais de Chaillot e uma ampla praça, com a Torre ao fundo. A praça estava em obras, portanto tivemos que circulá-la para chegar à torre. Atravessamos o rio Sena e chegamos finalmente à torre.

Acesso exclusivo para entrar na Torre Eiffel
Vista da Torre Eiffeil
Para entrar na Torre Eiffel, há uma entrada especial para cadeirantes, sem pegar fila. E ainda é gratuito! Fomos direto para a entrada e fomos conduzidos ao elevador. O elevador passar por um andar em que há um restaurante, onde eu não quis descer, e sobe para o segundo andar, onde fica o principal mirante. Ali há também lojas de lembrancinhas, lanchonete, banheiros (adaptado inclusive) e informações sobre a torre. A grade nas laterais fica em boa altura, de forma que uma pessoa sentada consegue enxergar. Porém, há binóculos acionados por moeda que são altos, somente para pessoas em pé. Deveria haver um mais baixo. Outra limitação é de acesso. Cadeirantes não podem subir ao último andar, no topo da torre. Explicaram que é porque em caso de emergência fica difícil sair, pois só tem um elevador, pequeno.

Outra vista da Torre Eiffel. O rio Sena é muito lindo!
Depois de curtir a torre, resolvemos ir ao Museu Rodin. Fiz sinal para um táxi, e o motorista, que falava muito pouco inglês, foi solícito ao parar. Pela primeira vez depois de cadeirante, entrei pela porta traseira! O carro era um Toyota Prius alongado, com muito espaço atrás. A cadeira coube facilmente no porta malas. Era perto, mas ainda assim ficou caro, doze euros. Depois disso, e de me informar melhor sobre os ônibus, só andei de ônibus. Todos são adaptados e passam com muita frequência, inclusive à noite. Falarei do Museu Rodin no próximo post.

Mais uma belíssima vista da cidade
A grade oferece boa visibilidade para cadeirantes

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Madri para cadeirantes

Um dos símbolos de Madri
Neste mês realizei mais um sonho antigo: fui à Europa para conhecer alguns países. Eu e Gi começamos pela Espanha, na capital Madri. Escolhi a cidade porque era uma boa alternativa de entrada, e tinha boas referências da família. Reservei antecipadamente um hotel próximo ao aeroporto, pois ficaria somente um dia e meio na cidade, e viajaria para Paris no dia seguinte. Reservei pelo Booking.com o Barajas Plaza, que tinha quarto adaptado, e enviei uma solicitação especial informando que era cadeirante e precisava do quarto e banheiro adaptados. Alguns dias depois recebi a resposta do Booking informando que o hotel havia confirmado meu pedido.

Plaza Mayor, com um divertido Homem Aranha
Depois de dez horas de viagem, chegamos a Madri de madrugada, às cinco e meia da manhã. Até sair do avião - por último, como sempre - pegar mala e passar pela imigração, já era quase sete. Já tinha visto que o hotel ficava a menos de três quilômetros do aeroporto, mas ir andando não ia rolar. Poderia pegar um ônibus ou o metrô, mas dado o cansaço achei melhor pegarmos um táxi, afinal não poderia ficar muito caro. Poderia sim... Em poucos metros rodando reparei no taxímetro: vinte euros. Perguntei ao motorista o motivo do valor e ele me explicou que o valor mínimo era aquele, já é padrão. Nunca paguei tão caro para andar tão pouco. Mas já estava feito, fazer o que.

Quarto meia boca no Barajas Plaza
Chegamos ao hotel quase oito da manhã, expliquei que solicitei check in antecipado mas o atendente me disse que não poderia entrar antes das nove da manhã. Reclamei mas achei melhor aguardar no hall, onde haviam alguns sofás. Perto das nove horas chegou uma senhora, que me pareceu ser proprietária, e agilizou o quarto. Porém, veio com más notícias. Me explicou que o quarto adaptado para deficientes era de solteiro, e ofereceu um quarto comum. Expliquei que meu problema era o banheiro, e fui até um deles para ver se dava. Nada feito, minha cadeira nem entrava no banheiro. Pedi então para trocar a cama do quarto de deficiente, descansamos ali mesmo por uma hora e pouco, e fomos para o quarto "adaptado". Entre aspas sim, para minha infelicidade. O quarto era pequeno, a cama de casal ocupou o espaço todo, e ao lado havia uma parede que atrapalhava aproximar com a cadeira. Além disso, o banheiro, apesar da porta grande, tinha um box pequeno, e ainda sem cadeira higiênica. Como era só uma noite, e a gente ia passar o dia na rua, pedi um banco plástico e fomos conhecer Madri.

Pracinha no bairro Barajas
A dona do hotel me indicou a melhor maneira de rodar pela cidade: de metrô, pois havia uma estação próxima ao hotel. Fomos andando (e rodando) até a estação, passando por uma bela pracinha e uma igrejinha que me lembrou o jogo Assassin's Creed, em estilo medieval. Na estação me informei com a atendente como chegar na Plaza del Sol, nosso primeiro destino turístico. Ela fez algumas ligações e deu o caminho, eu teria que trocar de trem duas vezes, pois em uma das estações o elevador estava quebrado, portanto não dava para trocar uma vez só. Mesmo usando três linhas de metrô, a passagem custou somente dois euros por pessoa. O metrô de Madri imenso, tem várias linhas e cobre os principais pontos da cidade. É possível comprar passagem em máquinas automáticas, escolhendo o destino, mas é importante procurar saber sobre a situação dos elevadores, pois em algumas estações eles não funcionam.

Plaza del Sol, num belo dia de sol
Chegamos à Plaza del Sol, que conta com várias ruas fechadas bem charmosas e dezenas de lojas e restaurantes. Paramos em um restaurante para comer e resolvi experimentar as "Patatas Bravas" por recomendação de um amigo, e descobri que são batatas com um molho muito apimentado! Obrigado, heim Pedro? Se não fosse a cerveja estaria cuspindo fogo até agora... Só recomendo se a pessoa gostar muito de pimenta. De lá, resolvemos pegar um ônibus de turismo, há duas linhas que passam pelos principais pontos turísticos. Você paga uma vez só e pode descer e subir quantas vezes quiser. Há passagens válidas por um dia, dois ou uma semana, fiquei com um dia só. Não é barato, foram 21 euros por pessoa, mas vale a pena. Você ganha um fone de ouvido e coloca na lateral da poltrona, e escolhe a língua em que quer ouvir a narração da viagem. Tem em português, mas estava muito ruim o áudio e preferi ouvir em espanhol mesmo. Dá para entender.

Vista do Palácio de Comunicaciones
Passando por uma praça, a Gi observou um prédio antigo bem alto e um pessoal andando lá em cima, aí resolvemos descer. O prédio era o Palacio de Comunicaciones, localizado na Plaza Cibeles. Nesta praça tem um monumento que, para mim, é o monumento ao cadeirante, composto de uma mulher em uma cadeira sobre rodas puxada por dois leões! Atravessamos as avenidas e chegamos ao Palácio, e na hora estava tendo uma manifestação. Não sei quem eram ou o que pediam, mas tinham muitas faixas e cartazes, e a polícia estava na área. Mas não teve barraco, tudo pacífico e organizado. Entramos para saber o que tinha lá em cima, era um snack bar muito bacana e tinha acesso para cadeirantes. Subimos pelo elevador e lá em cima tinha um lance de escadas, mas havia um elevador lateral, de corrimão. Vi muito isso em Madri, até mesmo para vencer dois lances de escada. Lá em cima desfrutamos de deliciosos drinks e de uma belíssima vista da cidade e de brinde um belo por do sol.
Plaza de Cibeles, pra mim, monumento ao cadeirante
No dia seguinte fomos para Paris. Mas deixei mais um dia e meio para Madri, pois pegaria o voo de volta lá. Voltando de Roma, chegamos em Madri meio dia e pouco, desta vez escolhi o Íbis Aeropuerto Barajas, que acabou sendo o melhor hotel da viagem. Quarto espaçoso, banheiro bem adaptado e preço justo, só cinquenta e dois euros a diária. Como cheguei com muita dor não saímos do quarto. No outro dia fomos (de metrô) ao Santiago Barnabéu, estádio do Real Madri. Caro para entrar, não animei, queria mesmo ir na loja do clube, que mais parece um shopping. Tem tudo quanto é produto do Real Madri, eles sabem fazer marketing do time. A propósito, só há dois times no mundo que tem uma Tríplice Coroa, eles e o Cruzeiro Esporte Clube.
Mostrando aos espanhóis quem comanda o Brasileirão...
Depois disso fomos ao Palácio Real, que é a residência oficial do Rei da Espanha. Assim que entrei me lembrei da frase mais famosa do último rei, Juan Carlos: "porque no te callas!" Fiquei repetindo e a Gi ficou brava porque achou que eu estava mandando ela calar a boca! O Palácio tem um pátio central amplo, com chão irregular, mas não muito incômodo. As entradas para cadeirante e acompanhante são gratuitas, e uma pessoa te acompanha para acessar o Palácio, pois é preciso pegar um elevador escondido.
Trono do Rei e da Rainha
Dali fomos ao Mercado de San Miguel, uma espécie de Mercado Central sofisticado (quem é de BH sabe do que estou falando). Depois fomos  à Plaza Mayor, uma espécie de quarteirão fechado com vários restaurantes. No caminho há calçamento de pedras, meio desconfortável, mas tolerável. A praça mesmo é de pedras também'. Paramos em outro restaurante e comemos Tapas e Pincho, especialidades da Espanha. Gostei de Tapas com Ramon (que é carne da coxa de cedro defumada, muito gostoso) e Pincho é uma espécie de omelete recheada com batatas, muito bom também.
Mercado de San Miguel
Resumindo, Madri é um destino muito interessante e divertido, e leva a acessibilidade a sério. O metrô é a melhor opção de locomoção, mas é necessário se informar sobre os elevadores. De ônibus também é tranquilo para rodar pela cidade. Há alguns locais com chão de pedras, mas nada horrível para rodar. Há muito mais atrações do que se supõe, as pessoas são muito simpáticas e solícitas, e come-se muito bem nos restaurantes de lá. É uma cidade cosmopolita e divertida, vale a pena conhecer. Sem contar que é uma ótima alternativa de entrada na Europa.
Até pequenas escadas tem acesso!