Em agosto publiquei aqui uma matéria com o Weverson, primeiro piloto de parapente cadeirante de Minas Gerais, quem sabe até do Brasil. Fiquei fascinado com a ideia, pois eu sempre gostei de voar; antes de ser cadeirante, há muitos anos (quase vinte) eu fiz um curso de paraquedismo em Juiz de Fora, saltei sozinho e tirei até brevê de paraquedista! Já cadeirante, em 2011 fiz um salto duplo de parapente em BH, foi muito bom sentir novamente o prazer de voar. E agora, com essa possibilidade de pilotar, minha vontade voltou com força! Ainda mais que meus pais moram em Guarapari, o que facilita a aventura.
Preparado para voar, curtindo o visual
Peguei o contato do Marcelo Ratis, instrutor do Weverson, e marquei um voo experimental em Alfredo Chaves, onde ele mora e dá o curso. A diferença deste voo para o voo duplo é que o instrutor dá uma noção geral dos controles do parapente e permite que o futuro aluno conduza por alguns instantes o parapente, para sentir o comportamento do velame (o tecido do qual ele é formado) em pleno voo, trazendo uma emoção a mais à experiência.
Momentos antes de decolar
O diferencial do Marcelo, além de já ter treinado com sucesso um cadeirante, é que ele morou nos EUA por um bom tempo, aperfeiçoando suas técnicas, e trabalhou em uma empresa de cadeiras de rodas, aprendendo assim a manusear como ninguém um cadeirante na preparação para o voo. Diferentemente do meu salto em BH, ele prefere iniciar a decolagem com o cadeirante fora da cadeira, sendo sustentado por dois ajudantes pelos tirantes que ligam o duplo ao condutor. Assim fica mais fácil, se necessário, correr um pouco para levantar voo. No voo que fiz, não foi necessário, pois o velame se inflou rápido e saímos do solo.
Visão do parapente em pleno voo
Pilotar o parapente foi emocionante, uma sensação ainda mais libertadora do que o voo em si. E a didática do Marcelo impressiona, ele é mesmo fera no que faz. O voo foi super tranquilo, e o pouso mais ainda, não senti impacto algum, ele "freiou" o parapente no momento certo e pousamos suavemente no chão. Gravei tudo com uma câmera no capacete, abaixo compartilho com vocês o vídeo. O Marcelo está vendo se pode vir a BH dar o curso para mais alunos, quem tiver interesse me contacte por e-mail ou facebook.
Após o pouso perfeito, com o Marcelo e o Dario
Para um cadeirante pilotar sozinho, porém, são necessárias muitas aulas, além de um acessório para a decolagem, chamado Flychair, este da foto acima. Encontrei no site Flychair.fi, fabricado na Finlândia, e custa mais de três mil euros. O Weverson não quis desembolsar essa grana toda e fabricou seu próprio Flychair, e se prontificou a fabricar para quem tiver interesse, sob encomenda. Vejam abaixo o vídeo do voo que fiz. Agradecimentos ao Marcelo, ao Dario e ao pessoal que auxiliou lá em Alfredo Chaves.
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