Em frente ao morro Dois Irmãos, um dos mais famosos pontos turisticos
Sim meus amigos, Fernando de Noronha é um destino que pode ser aproveitado por cadeirantes. E bem aproveitado. Hoje é possível curtir quase todas as atrações turísticas e gastronômicas como qualquer pessoa sem limitação. É verdade que muitos lugares demandam uma ajudinha para serem acessados, mas o pessoal da ilha é extremamente prestativo e solidário com cadeirantes. Até para rodar pela areia da praia o pessoal tem a manha!
O primeiro desafio é a acomodação. Procurei em sites de hotéis e encontrei poucas opções; busquei na internet e apareceram mais algumas. Mandei então um e-mail para a Econoronha (atendimento@econoronha.com.br), concessionária responsável por construir as trilhas adaptadas para deficiente que estavam sendo divulgadas na internet, e me responderam rapidamente, com uma relação das pousadas adaptadas disponíveis, além dos restaurantes com acessibilidade, e também as matérias divulgadas sobre a acessibilidade na ilha.
Pousada Monsieur Rocha, muito agradável
Procurei saber sobre os preços das pousadas e hotéis, e depois de descartar as carrérrimas, disparei e-mails buscando mais informações - e negociando os preços. Fiquei entre a Topázio, a Solar das Andorinhas e a Monsieur Rocha, e acabei decidindo por esta última, que fez um preço melhor e oferecia boas comodidades. Por boas comodidades, entenda que não é perfeitamente adaptada, eu já sabia que não tinha cadeira higiênica, mas eu já me acostumei a passar sem isso. Depois faço um post sobre a pousada.
A chegada no arquipélago é show
Depois de pagar a taxa de permanência na ilha (pouco menos de 50 reais por dia), embarcamos, eu, Gi e um casal de amigos. Tínhamos outro motivo para ir para lá, o casamento de um grande amigo. Saindo de BH, passando por Recife, a viagem durou pouco mais de quatro horas e meia. A chegada no arquipélago já é um espetáculo, a visão da ilha lá de cima impressiona pelas cores da água e desenho das ilhas. Chegando ao aerporto, não espere um finger ou Stair Tac (que ele insistem em chamar de Star Trek) para descer do avião, é na mão mesmo. Disseram que há um Stair Tac, mas está estragado. Então tem que ser no muque. As pousadas geralmente tem traslado e te pegam no aeroporto, no caso da Monsieur Rocha, o próprio Rocha foi nos buscar no aeroporto. Ele é muito simpático e está na ilha há muitos anos, portanto conhece tudo e todos, e sabe muita história.
Se locomover na ilha também é um desafio. Há alguns táxis, alguns ônibus, e dezenas e dezenas de Bugues, daqueles que a gente só vê em praia, a maioria disponível para alugar, com preços entre cem e duzentos reais. Nos primeiros dias resolvemos andar de ônibus, fui informado que há adaptados, que passam de meia em meia hora. Descemos da pousada por uma rua muito esburacada e fomos para o ponto. O motorista (que também é o trocador) apanhou um pouco para descer o elevador, pois era a primeira vez que ele o utilizava. Fomos para a praia do Sueste, onde parou bem ao lado e depois utilizamos o ônibus adaptado para sair à noite para ir a um restaurante. Outra vez o motorista disse que eu era o primeiro cadeirante a utilizar o ônibus. Para nós, a passagem é gratuita. Funciona bem, é suficiente, mas percebi que acabaria sendo uma limitação, pois não é em todo lugar que tem ponto próximo.
Alugar um Bugue é fundamental para agilizar o transporte
A solução, então, seria alugar um Bugue. Os mais baratos são bem simples, não tem nem banco traseiro. Recomendo alugar o modelo Selvagem, é mais espaçoso e tem banco atrás. Desenvolvi uma técnica para entrar nele em segundos. Sair não é tão simples... mas nem tão complicado, é só fazer o processo inverso. Encontramos para alugar por 180 reais, mas negociamos por quatro dias e a diária baixou para 150. O banco atras ajuda, só que para quatro pessoas, falta espaço para a cadeira... a solução foi colocar a cadeira no banco de trás, e a Gi ir sentada em cima! Deu certo, ela ficou bem confortável. Vejam abaixo um video demonstrando como entro no Bugue e como a cadeira vai atrás.
Parabéns Alessandro, vc tem uma grande disposição. Mas fico com uma dúvida enorme, nesses lugares Nem sempre ou quase nunca tem wc, como vc faz em relação ao cat, essa é umas minhas preocupações quando saio. Valeu
Obrigado Francisco. Eu sempre faço o cat antes de sair, e como tenho alguma sensibilidade, consigo segurar por umas três ou quatro horas. Mesmo assim levo coletor e coloco se necessário. Se saio de calça, sempre coloco o coletor de perna. Abraços
Muito legal! Parabéns! Estou planejando casar lá e estava preocupada em relação a meu irmão cadeirante. Obrigada por compartilhar sua experiência legal! Foi um presente para nós . Grande abraço!
Tenho um filho deficiente e estou pensando ir pra lá em 2018. Seu relato foi mais um incentivo. Todo ano viajo com ele, conhecemos muitos lugares do Brasil de sul a norte, mas Fernando de Noronha sempre foi uma incógnita pra nós. Valeu Alessandro. to curtindo a sua página abraços
Parabéns Alessandro por toda essa disposição que você tem. Grande abraço.
ResponderExcluirValeu Mauro! Disposição não falta mesmo! Abraços
Excluirgostaria de saber se eu tenho que pagar taxa de permanecia na ilha
ExcluirSim, tem que pagar a taxa ambiental, quanto mais tempo na ilha, maior o valor
ExcluirParabéns Alessandro, vc tem uma grande disposição. Mas fico com uma dúvida enorme, nesses lugares Nem sempre ou quase nunca tem wc, como vc faz em relação ao cat, essa é umas minhas preocupações quando saio.
ResponderExcluirValeu
Obrigado Francisco. Eu sempre faço o cat antes de sair, e como tenho alguma sensibilidade, consigo segurar por umas três ou quatro horas. Mesmo assim levo coletor e coloco se necessário. Se saio de calça, sempre coloco o coletor de perna. Abraços
ExcluirValeu Alessandro.
ResponderExcluirMuito legal! Parabéns! Estou planejando casar lá e estava preocupada em relação a meu irmão cadeirante. Obrigada por compartilhar sua experiência legal! Foi um presente para nós . Grande abraço!
ResponderExcluirFico feliz por ter ajudado! Boa sorte, o lugar é perfeito para se casar! Felicidades
ExcluirAdorei Alessandro! Pena que o Governo de Pernambuco não isenta deficiente da taxa ambiental.
ResponderExcluirAdorei Alessandro! Pena que o Governo de Pernambuco não isenta deficiente da taxa ambiental.
ResponderExcluirTenho um filho deficiente e estou pensando ir pra lá em 2018. Seu relato foi mais um incentivo. Todo ano viajo com ele, conhecemos muitos lugares do Brasil de sul a norte, mas Fernando de Noronha sempre foi uma incógnita pra nós. Valeu Alessandro. to curtindo a sua página abraços
ResponderExcluirvaleu
ResponderExcluirBom dia seu Jaime Fernando tem banheiro adaptado para cadeirante vou deixar o meu e-mail jaimeyuan@gmail.com.br
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