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De mala, cuia e handbike! Atrás dá para ter uma ideia da bagagem... |
Mês passado, depois de um ano e meio trabalhando sem parar, finalmente tirei férias. Como viajei no reveillon, resolvi ficar por aqui dessa vez. Só me restou então ir para a casa da mamãe... que coincidentemente fica em um lugar onde muita gente passa férias. A maior parte dos mineiros, pelo menos, vive lá: Guarapari, no Espírito Santo.
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Pedalar na praia é outra coisa |
E como eu tinha alguns dias, resolvi ir de carro. Não é perto, de Belo Horizonte até lá são 544 km, então resolvi dividir a viagem, e ainda passar na casa da sogra. Acrescentei 85 km à viagem, mas como ficaria um dia a mais na casa da sogra, dava para descansar, tanto na ida quanto na volta. E como eu ia de carro, dava para levar a handbike! Não é exatamente confortável levar um trambolho de quase dois metros no porta malas do carro, mas vale o sacrifício. Rebaixei o banco do carro, coloquei handbike, cadeira, mala, cachorro e papagaio lá dentro e pegamos estrada. Dois dias depois estávamos chegando em Guarapari. No dia seguinte, eu estava tão quebrado que fiquei o dia inteiro morgando, dei só uma voltinha na laje do prédio... bem, não é bem uma laje, é que a área de lazer fica na cobertura, com vista para o mar.
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Ciclovia e calçadão na praia do Morro |
No dia seguinte resolvi ir para a praia do Morro, onde fiquei sabendo que há uma ciclovia, e para onde eu não ia há uns dez anos. Parei o carro no início da praia e montei a bike. Bem no início da ciclovia. Comecei a pedalar ali e fiquei impressionado com o calçadão, muito bem feito, inclusive com banheiros adaptados para deficiente ao longo do trecho. Como estava fora de temporada, estava tudo muito vazio, então não foi problema acelerar na ciclovia. Cheguei ao final e deu 2,8 km, de ponta a ponta da praia.
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Cliclovia bem feita que vem com visual |
Deu para dar umas cinco voltas na ciclovia. Os principais diferenciais de se pedalar na praia são o visual e o relevo. O visual nem precisa dizer muito, um marzão ao lado o tempo todo, a areia, pedras, o céu, sol, tudo uma maravilha. E o relevo ajuda a evitar a "fadiga", como dizia o Jaiminho, personagem do Chaves: a maior parte do tempo é tudo plano. Peguei um ou dois morros leves. Bem diferente das montanhas de Minas. Sempre curti bicicleta porque sou apaixonado por montanha, então minha tara era o mountain bike. Hoje transferi minha curtição para o asfalto, então o lance é menos morro e mais reta.
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Banheiro adaptado na praia do Morro |
No dia seguinte fui pedalar na praia das Castanheiras. Lá não tem ciclovia, mas tem um calçadão enorme, e como estava vazio deu para pedalar numa boa. O calçadão vira uma calçada mais estreita, mas ainda suficiente para rodar com a bike. O visual é ainda mais bonito, passei por várias praias, muita pedra, e até alguns morrinhos. Num deles a bike quase não subiu, pois a calçada é muito lisa. Até o final da calçada, deu 1,3 km, e como fiquei indo e voltando várias vezes, deu para rodar quase 15 km. Os feras da handbike devem estar rindo, achando que isso é um passeio, mas minha intenção nunca foi competir, e sim curtir. E fazer um bom exercício. E isso eu fiz demais em Guarapari!
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Até nas pedras eu dei umas pedaladas |