Tá bom pra você? |
Em primeiro lugar, nem todos os movimentos são perdidos. A ereção ainda ocorre na grande maioria dos casos, de maneira involuntária e reativa, mas relativamente normal. A duração é que vai diminuindo. No início, pelo menos no meu caso, ocorreu o contrário. A ereção durava muito tempo. Enquanto houvesse "atividade", ele continuava lá, firme e forte. Com o tempo, a duração foi diminuindo, diminuindo, e ainda hoje é menor que o normal. Mas é só ter paciência, estimular novamente, que volta a ficar animadinho. Mas muitos cadeirantes tem dificuldade em manter e só conseguem a ereção com remédios. Isso não é vergonha para ninguém, é só uma condição, que felizmente tem "cura". Mas esse post não é sobre ereção, e sim sobre prazer. Só aproveitei para falar um pouco disso.
Acontece que o prazer não é dependente da ereção. Para os homens, é difícil entender isso, pois ligamos muito o prazer à ereção e à ejaculação. E temos a falsa impressão que só é possível dar prazer a uma mulher se a ereção ocorrer. A verdade é que prazer é muito mais do que isso. No homem o orgasmo está muito ligado à ejaculação, e os lesados medulares descobrem o que as mulheres já sabem: há outras formas de sentir prazer e chegar ao orgasmo. Um dos maiores responsáveis por ela é o cérebro, e isso não é afetado pela lesão. Então o prazer começa na imaginação. Por isso é importante que as coisas aconteçam da forma mais normal possível, com sexo oral, toque, amassos e tudo mais. Tem mulher que não vê sentido em fazer sexo oral no homem que tem lesão porque ele não está sentindo. Mas está vendo, e assim estimula o cérebro e busca o prazer.
Além disso, podemos buscar prazer na sensibilidade da pele, que no caso de um lesado medular, se limita, ou é mais nítida, na área acima da lesão, geralmente parte do tronco, braços e cabeça. E nessas áreas há muitas formas de sentir prazer, não só com os sentidos que citei. No quesito pele, podemos explorar áreas erógenas pouco exploradas pelos homens, como nuca, pescoço, braços, e principalmente, mamilos, que já tem uma sensibilidade maior. Me lembrei da "aula" sobre sexo no Hospital Sarah. Tinha um cara lá meio machista, mas engraçado. A médica explicou isso que falei acima, que seria importante explorar outras zonas erógenas, como cabeça, nuca, mamilos... e o cara solta: "quer dizer então que todos nós viramos moças?" Tive que rir! E completei: "é cara, agora que vai mamar no peitinho é a mulher!" kkkkk
Além disso, podemos buscar prazer na sensibilidade da pele, que no caso de um lesado medular, se limita, ou é mais nítida, na área acima da lesão, geralmente parte do tronco, braços e cabeça. E nessas áreas há muitas formas de sentir prazer, não só com os sentidos que citei. No quesito pele, podemos explorar áreas erógenas pouco exploradas pelos homens, como nuca, pescoço, braços, e principalmente, mamilos, que já tem uma sensibilidade maior. Me lembrei da "aula" sobre sexo no Hospital Sarah. Tinha um cara lá meio machista, mas engraçado. A médica explicou isso que falei acima, que seria importante explorar outras zonas erógenas, como cabeça, nuca, mamilos... e o cara solta: "quer dizer então que todos nós viramos moças?" Tive que rir! E completei: "é cara, agora que vai mamar no peitinho é a mulher!" kkkkk
Então, como todo mundo, cadeirante também sente prazer. Ouvi falar de casos de tetraplégicos que vão à loucura só com carinhos na nuca. Independente da limitação que seja imposta ao nosso corpo, é possível sim encontrar formas de sentir prazer. Cabe a nós explorá-las. Não falei sobre o caso das mulheres porque não tenho muito conhecimento mesmo, mas creio que seja até mais fácil do que os homens, pois elas já tem o hábito de explorar outras áreas. Então é isso, relaxa e goza!