terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1

Curtindo a F1
Pensa numa criança feliz. Daquelas que está sempre brincando, sorrindo, se divertindo. Imagina que ela acabou de ganhar um presente de natal. E pra completar, era o brinquedo que ela sonhou o ano inteiro. Ou melhor, já sonhava com isso há uns anos (desde que nasceu, pra comparar). Agora imagina a empolgação desse moleque brincando com o danado do brinquedo. Pronto, era assim que eu estava no último fim de semana de novembro em Interlagos, São Paulo, no Grande Prêmio de Fórmula 1.
Como já contei aqui, a corrida foi um presente do meu pai, que, nos idos dos anos 80, me disse que um dia ia me levar na corrida. E eu fiquei sonhando com o negócio. A cada ano, pintava uma prioridade, tipo trocar de carro, de casa, de mulher, ops, isso não, ele está com mãe até hoje, felizmente. Mas eu entendia, e me contentava com um presente diferente (afinal, eu era uma criança feliz). Mas de vez em quando eu dava uma cutucada sobre aquela prometida corrida. E não é que este ano, vinte anos depois, ele cumpriu a promessa! Cara apressado, heim? Ele não foi pessoalmente me levar, mas me deu os ingressos e fui com meu cunhado que também adora automobilismo.
Como falei no post anterior, fui com meu cunhado com muita rapidez e conforto na van do Atende. No sábado, foram os treinos livres e tomada de tempos para classificação. Quando cheguei ao autódromo, percebi que havia um lugar próprio para cadeirantes, uma plataforma por cima da arquibancada. Uma não, haviam três. Mas a mais bem localizada era em frente aos boxes, dava para ver uns 80% do circuito. Mas como tenho um certo fogo em uma certa parte do corpo, eu quis descer a arquibancada para ver mais de perto a pista.
Montamos então uma "operação cadeirante mala", correndo atrás dos bombeiros e funcionários do autódromo para me descer até o final da arquibancada. Encontramos a escada menos alta e os caras me pegaram e levaram até onde eu queria. Fiquei impressionado em como é próximo da pista, na foto acima dá para ter uma ideia, dá uns cinco metros da grade até o grid de largada. E logo que cheguei neste lugar vi os primeiros carros passando, os "safety car" da Mercedes apostando pega. Tomei um baita susto. Vendo na TV a gente não tem ideia do tanto que o barulho dos motores é alto e muito menos da velocidade. É muito, muito rápido. E muito, muito barulhento. Mas para quem gosta, é música para os ouvidos.
Aí percebi que a área de cadeirantes era bem melhor para ver a corrida, pois perto da pista não dá tempo de ver quase nada. Sem contar no torcicolo que deve dar ficar olhando para um lado e para o outro toda hora. Fomos então, montar outra operação cadeirante mala. Mas para ninguém tacar cerveja na minha cabeça nem vaiar, resolvi rodar até a outra ponta da arquibancada para subir, discretamente, como se nada tivesse acontecido. Meu cunhado foi buscar a ajuda, e quando o bombeiro viu perguntou: "como é que ele conseguiu chegar lá embaixo?" E meu cunhado: "pra cadeirante mala é fácil!".
Na foto, estão sorrindo, mas pensando "que mala"
E lá foram os caras subir comigo de novo. Foram super atenciosos e prestativos, e nem fiquei com medo. Também, quatro caras carregando, só se pisassem os quatro em cascas de banana. E voltei para a "bancada dos cadeirantes". Engraçado que não tinha só cadeirantes não, um cara levou a vovó, colocou em uma cadeira de plástico e ficou lá, todo todo, num dos melhores lugares para ver a corrida. Mas eis que apareceu o cara que montou o lugar, responsável por garantir acessibilidade aos cadeirantes, e deu uma bronca nele, se houvesse mais cadeirantes precisando, ia pular fora.
Porsches batidos, ainda saindo fumaça
Mas vamos à corrida. Antes da Fórmula 1 houve uma corrida de Porsches, muito bacana, e aconteceu um grande acidente bem na minha frente. Muito louco, impressionante o barulho da porrada e os pedaços de carros voando.
E então, a tão esperada corrida de Fórmula 1. Apesar de pouca expectativa quanto a vitória, já que o Vettel ganhou com antecedência, o fato de presenciar uma corrida é uma emoção. Antes da corrida fizeram desfile de pilotos, um caminhão com todos eles percorreu a pista, e ver esses caras de tão perto foi muito bacana. Carros no grid, começou. Muito legal ver os bólidos juntos acelerando e disputando posições, e onde eu estava, rolaram muitas ultrapassagens. Dava para ver os caras pegando vácuo e jogando para o lado para ultrapassar. A gente fica maluco com tanto carro correndo tão rápido, com tanto barulho. Foi uma grande emoção, e ao final o Felipe Massa fez uma gracinha pra galera, dando cavalos de pau de Ferrari. Abaixo um vídeo para terem uma ideia.
No fim das contas, dou dez em acessibilidade e tratamento para cadeirantes no autódromo. Recomendo.

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