terça-feira, 26 de julho de 2011

Bar da Neca e Mercado Central, bons programas para cadeirantes

No último sábado, como parte das comemorações pelo cinco anos como cadeirante, e para aproveitar o habeas corpus de liberdade provisória que consegui no fim de semana (já que a Gi estava viajando), saí por volta de meio dia em busca de um boteco para encontrar alguns amigos e beber, falar bobagem e olhar pras meninas (coisa que homem detesta fazer). Passei na casa do Daniel, amigaço desde o tempo de faculdade, peguei ele e o Carlim, e fomos procurar um boteco acessível. A região em que ele mora (bairro Anchieta) tem vários botecos (BH TODA é cheia de botecos) e começamos a rodar.
Passamos por alguns lugares que até tinham acesso, mas tinha pouca mulher, ou melhor, pouca gente, e continuamos a peregrinação. Nosso próximo destino foi a rua Pium-i, reduto de botecos da mais alta estirpe (e alguns copos sujos também). A rua em si neste pedaço com botecos não é muito boa, é uma descida bem íngreme, o que dificulta sair do carro. Mas é só parar em uma das ruas transversais e ir rodando até o destino. Na esquina com uma dessas ruas, a Passa Tempo, fica o Bar da Neca, esse sim um famoso reduto de boemia e destino certo para quem quer conhecer as atrações de Belo Horizonte.
Curtindo uma gelada com os amigos
As mesas ficam na calçada, totalmente acessíveis, e para minha surpresa eles tem até banheiro para deficiente! Eu já havia estado ali antes como cadeirante, mas nem perguntei porque achei que não tivessem. O banheiro é ótimo, bem espaçoso e com tudo ao alcance. Mas devido ao pouco uso, para chegar lá o garçom teve que tirar da frente uma pilha de caixas de cerveja (se não estivessem quentes, podia deixar dentro do banheiro comigo). Foi uma tarde ótima, chegaram mais dois cumpadres da velha guarda de Viçosa, Fabrício e Marbeny, tomamos algumas e comemos tira gostos deliciosos. Destaque para a Carne de Sereno, vale a pena experimentar.
Depois do boteco, fui levar meu amigo Marbeny na casa da Fernanda, namorada dele (o habeas corpus dele venceu rápido), e no caminho ele disse que precisava passar no Mercado Central para comprar ingredientes para o café da manhã (o cara tem altos dotes culinários).
Elevadores, banheiros adaptados e piso liso, mas as rampas são íngremes
Aí me toquei que eu não ia ao Mercado Central há mais de cinco anos, já que não tinha ido nenhuma vez como cadeirante. E eu adorava passear por lá, principalmente num sábado à tarde para tomar uma cerveja e comer uma porção de fígado com jiló (é uma delícia, acreditem). E seria também uma excelente opção para avaliar a acessibilidade do lugar. Eu já havia ouvido falar que há elevadores para descer do estacionamento, que fica por cima das lojas, e também rampas para passear pelos andares mais altos.
Marbeny me indicou as melhores lojas do Mercado
Realmente o estacionamento é bem adaptado, as vagas para deficiente ficam bem em frente ao elevador. A ascensorista de lá é uma figura, já chega chamando a gente de "moço bonito" e dá uma beijoca em cada um (não se preocupem, namoradas, ela não é muito atraente). E aí a pessoa adentra o surpreendente e incrível mundo do Mercado Central de Belo Horizonte, com barracas lotadas de milhares de itens, especiarias de todos os lugares do mundo, artesanato, aquários, e muita, muita comida, de queijos a pimentas, doces a frutas. Sem contar os botecos e restaurantes. Lá se come de tudo e se encontra de tudo, é impressionante a quantidade de coisas que enchem nossos olhos (tem que ter cuidado para não ficar zarolho).
Eu sou o ponto verde perto das panelas
Foi um grande barato rever aquilo tudo, o movimento, as comidas e milhares de itens. E lá dentro é bem tranquilo para rodar, tem banheiros acessíveis e rampas para os andares superiores, mas elas são bem íngremes, só dá para subir ou descer sozinho se agarrando nos corrimões. Mas vale a pena, é um lugar único e cheio de atrações, principalmente o preço, consegue-se comprar centenas de itens a preços mais baixos do que em lojas e supermercados. Aproveitei para comprar uns presentinhos para a patroa, que ia chegar no dia seguinte. Afinal, tive que fazer uma média depois de passar o dia no boteco...

Um comentário:

  1. gostei muito do post. eu tmb fui ao mercado central quando ainda era andante. ouço falar muito bem de lá e dos bares de lá.
    qualquer dia desses vou da um fugidinha aq e vou até lá tomar uma cremosa bem gelada.
    abraço!

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