sexta-feira, 24 de junho de 2011

Estudando e ralando

Tô sofrendo...
Estamos no meio do feriado e os seguidores do blog devem estar se perguntando: qual será a próxima aventura desse maluco sobre rodas? Nem te conto... Nos últimos dias, assim como nas últimas noites dos dias úteis, estive estudando. Muito.
Para quem não sabe, faço mestrado em finanças na UFMG, e estou em prazo final para defesa do projeto. Ainda não é a dissertação, apenas o projeto, a chamada qualificação. Antes que digam que deixei para a última hora (digamos que foi para a penúltima) o que atrasou tudo foi falta de orientação. E um pouco de falta de atenção minha. Acontece que trabalhar e estudar já é complicado, ainda mais fazer mestrado. E sendo cadeirante, complica mais. Não exatamente o fato de ser cadeirante, mas meu caso em particular: mais uma vez as dores crônicas me atrapalham. Eu poderia ir mais à universidade em busca de orientação e para estudar mais, mas na maior parte dos dias saio do trabalho doido para chegar em casa e poder deitar e esticar o corpo. Esse é outro assunto que vou abordar aqui em breve.
Mas esse post é para lembrar que só porque ser cadeirante não devemos parar de estudar, pelo contrário, a qualificação é o melhor caminho para busca de um bom emprego sem depender das vagas obrigatórias para deficientes oferecidas pelas empresas, que muitas vezes são para cargos mais baixos e pouco valorizados, no caso das empresas privadas. Nas empresas públicas, felizmente, ainda há cargos bons reservados para deficientes, mas mesmo para entrar neles é fundamental estudar, tanto para conseguir um diploma quanto para passar, pois a concorrência até mesmo para os cargos de deficientes já está super acirrada. E até para inclusão social o estudo é importante.
Sua carteira é a única que tem rodinhas!
Um problema que encontramos é a falta de estrutura nas escolas e faculdades. Já recebi vários relatos de pessoas com problemas para conseguir estudar, falta de rampas, falta de banheiros adaptados, e até de carteiras adequadas para cadeiras de rodas. Mas quando a gente quer e exige nossos direitos, até isso dá para driblar. Um dos leitores me contou sobre uma rampa que acabaram fazendo para atendê-lo na faculdade.
Só não dá para parar. Nem de rodar, nem de estudar!

Um comentário:

  1. Isso sim que e força de vontade,estudar realmente e bom e necessário.Fique com deus!

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