quarta-feira, 16 de março de 2011

Turismo acessível

Como eu comentei antes, Buenos Aires é uma cidade ótima para cadeirantes, tudo muito plano e rampas em quase todas as esquinas e nos prédios principais. Mas nem tudo são flores... O Caminito, por exemplo, é todo em pedra fincada, assim como a feira de San Telmo. Mas mesmo assim há calçadas em piso liso ou ladrilhos. E como são programas imperdíveis, vale o sacrifício.
Feirinha de San Telmo, na pracinha o piso é bom
Há também restaurantes e lojas com degraus, mas os argentinos são sempre solícitos e simpáticos para ajudar a vencer estes pequenos obstáculos. E a língua nunca é problema, se ficar difícil o "portunhol", quem souber falar inglês se dá bem, pois a grande maioria fala.
O único problema que tive foi com alguns taxistas que se recusaram a me levar assim que viram a cadeira. Mas foi um ou outro. Há muitos Corsa perua, o que achei melhor pra levar a cadeira sem problema. Mas teve um taxista muito doido que arrumou um jeito de enfiar no porta malas do Siena, depois trouxe a gente pro hotel costurando como um louco no trânsito. A Gi se borrou toda, ainda mais porque estava meio tonta. Me diverti muito!
Destaco dois exemplos acessibilidade: o restaurante da esquina da rua Florida com Av. Córdoba, que mesmo sendo no nível da rua tem elevador para os banheiros no andar de cima e o Siga la Vaca, em Porto Madero, que tem uma rampa móvel muito bem feita para vencer o degrau que tem lá. Vou mostrar em outro post.
Bares e restaurantes em Palermo
Em Palermo, um agradável bairro de classe média-alta, tem uma rua muito gostosa com bares ótimos, carne um excelente programa para fazer à noite, a dois ou em grupo. Muitas esquina tem acesso, mas nem todas.

2 comentários:

  1. Olá, Sam! Olá, todos!

    Sou cadeirante e estive em Buenos Aires no ano passado. Estou me preparando para voltar ainda este semestre, porque adorei a cidade.

    Sam, minha experiência foi um pouco diferente da sua, porque, no centro da cidade, embora haja rebaixamento de calçadas, achei que estavam precisando de uma boa reforma. A maioria, pelas ruas por onde passei, está quebrada e apresenta um desnível com relação ao asfalto (algo em torno de 2, 3cm). As calçadas são muito estreitas e estão bastante quebradas, nos quarteirões próximos à Plaza San Martin.

    Em Palermo, na proximidade dos bosques, não há rebaixamentos, e os meios-fios são muito altos. Uma pena, pois os parques são maravilhosos, mas meu irmão, que empurrava minha cadeira, sofreu para dar conta de ultrapassar tantos obstáculos, incluindo o piso pavimentado com pedrinhas no lindíssimo Rosedal.

    Concordo com vc quando diz que os hermanos são muito gentis e solícitos. Também tive essa experiência. Recebemos ajuda várias vezes para entrar em restaurantes ou lojas com degraus.

    Quem quiser saber mais sobre minhas experiências em Buenos Aires encontrará informações em meu blog: http://cadeiravoadora.blogspot.com/search/label/Buenos%20Aires

    E, no blog Mão na Roda, há dois posts da leitora Joana Roquette, também cadeirante, sobre a cidade. Ela dá dicas sobre táxis e muitas outras coisas: http://oglobo.globo.com/blogs/maonaroda/post.asp?t=buenos-aires&cod_Post=201504&a=

    Estou daqui torcendo para que sua viagem continue fantástica! Beijos para vc e a Gi!

    Laura

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  2. Muito legal o post!!
    Vou levar minha avó, q é cadeirante, pra conhecer Buenos Aires mês q vem.

    Obrigada pleas dicas!!

    Abraços, Liana.

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