domingo, 27 de fevereiro de 2011

Carros adaptados usados

Uma dica vinda do Gregori, leitor do blog que foi pai recentemente, cuja história contei aqui. Ele descobriu que o site de carros Webmotors, um dos mais acessados do Brasil, conta agora com um filtro específico para buscar carros usados adaptados para deficientes.
Para acessar, entrando no site da Webmotors (http://www.webmotors.com.br/), é só clicar em "Compre seu veículo" - terceira opção de menu - descer até a última opção de seleção e escolher a opção "Escolher tipo de necessidade" e clicar em "Adaptado para pessoas com deficiência" e clicar no botão "Buscar", de acordo com a imagem acima. Ainda há poucas opções, uma busca sem nenhum outro filtro retorna somente 17 carros, a maior parte deles em São Paulo, mas já é uma opção para encontrar carros com essa característica, que são muito difícieis de encontrar. E quem precisar anunciar seu carro adaptado, pode contar com essa ferramenta.
E o Gregori me contou ainda que o Gustavo, seu filho, está muito bem, muito saudável e crescendo que é uma beleza! Valeu Gregori!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Acessibilidade em Atlanta

Todo mundo fala que lá fora a acessibilidade é levada a sério, há responsabilidade social e tudo, e a cada experiência que ouço sobre isso me convenço que realmente temos muito que aprender. O exemplo que sempre cito é Belo Horizonte, uma das maiores capitais do país e com tanta coisa por fazer nessa área. Trabalho numa das áreas mais nobres e centrais e no quarteirão do prédio já enfrento esquina sem rampa, calçadas esburacadas e degraus pra todo lado. O relato abaixo foi enviado pelo meu irmão, Bruno, que por ser arquiteto e ter um 'necessitado' de acesso na família, repara sempre neste quesito. Ele foi a Atlanta nos EUA com a namorada para ficarem noivos lá (ah, coitado, tão novo...).
"Em novembro do ano passado estive em Atlanta para passear e ficar noivo e escrevo um breve relato sobre a acessibilidade que observei na cidade. O que chamou atenção de início foi a construção e excelente estado de conservação das calçadas da cidade, do centro aos bairros mais afastados. As calçadas são projetadas para permitir o trânsito do pedestre com conforto e segurança, com rampas de inclinação adequada, faixa de serviço, faixa livre e faixa de acesso bem visíveis e dimensionadas. Os materiais são de excelente qualidade, de granito, cimento ou cerâmica, sempre com perfeita execução, sem placas soltando ou buracos como estamos (mal) acostumados aqui no Brasil.
As vagas de estacionamento para cadeirantes ou idosos são respeitadas. Os pedestres também cumprem o seu papel de cidadão, atravessando sempre na faixa com sinal favorável e não obstruindo o caminho dos outros, afinal os pedestres também são responsáveis pela segurança e bem-estar no trânsito. Não há mesas, cadeiras e lixo espalhados pela calçada e todos são muito prestativos em fornecer informações e ajudar, até sem pedir. Deu para entender o pleno conceito de civilização, democracia e uma (grande) vontade de me mudar.
Bruno R. Fernandes"

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

E se acabar a energia?

Hoje passei um pequeno 'cagaço'. Me arrumaram uma reuniãozinha às 18:00 horas (vou querer hora extra) e assim que entrei na sala 'pow!', deu um estouro e apagou geral a luz do prédio. Aqui em Minas isso é bem raro (Cemig, a melhor energia do Brasil - tem que puxar o saco da minha 'mãe', afinal trabalho numa filha dela), no ano passado todo lembro de dois "apagões", mas num deles tive que ser carregado escada acima pelos vizinhos (que fizeram musculação pro resto do ano).
Bem, mesmo assim tocamos a reunião, pois o prédio tem gerador e manteve algumas luzes acesas. Mas dali a meia hora subiu um colega meu avisando que eu teria que descer, pois o gerador não ia aguentar muito tempo. Tive que interromper a reunião (ahhh, tava tãaaao boa!) e descer rapidinho. Mas aí veio outro 'cagaço': como é que eu ia subir pra minha casa?
Como não foi a primeira vez que isso aconteceu, da última vez (aquela dos vizinhos - será por isso que não encontro mais com eles?) procurei saber se havia alguma forma de avisar a Cemig para dar algum tipo de apoio, como mandar um guindaste levantar o pobre do cadeirante sem luz. E não é que tem mesmo? Eles possuem um cadastro de consumidores "especiais", como cadeirantes e pessoas que utilizam aparelhos elétricos para sobreviver. Mas não garantiram que mandam dois "guarda-roupas" pra ajudar a carregar escada acima, somente agilizam a solução de problema se for na minha rua e enviam alguém em caso de emergência. Mas só em caso de emergência. Hoje eu quase acionei, pois estava chegando a hora do jogo do Cruzeiro e a luz ainda não tinha voltado. Aliás, que jogo heim? Jogaço, 4x0 de responsa. Vem ni mim Libertadores!!!
Ah, para fazer o cadastro eles pedem algum documento médico, tipo laudo médico ou coisa do tipo. Aqui em Minas é assim, mas acho que os outros estados também devem ter. Se não tiver, boca no trombone!!Você, cadeirante que mora em apartamento (ou como no meu caso, 'apertamento'), fica de olho! Antes que acabe a luz...

Vaga absurda

Através de denúncia do Alfredo Miranda, descobri um absurdo cometido pelo Banco Santander, que recentemente inaugurou uma agência na Av.Francisco Sá, 1228 - Gutierrez, aqui em BH. A agência em questão fez uma vaga pra deficente na porta só pra inglês ver... totalmente inadequada. Parece que fazem só pra cumprir a lei mesmo, não pensam no deficiente, nas suas necessidades nem mesmo se é que alguém vai usar mesmo.
Em primeiro lugar, tem um jardim ao lado da vaga, se uma pessoa que dirige, como eu, parar ali, não tem espaço pra sair do carro. Ou sai no meio do jardim e fica agarrado na terra. Do outro lado, tem a parede da agência, tem um pequeno espaço na lateral mas duvido que seja suficiente para abrir completamente a porta e possibilitar chegar uma cadeira de rodas ali ao lado.
Mas o incrível mesmo é que a entrada da vaga é perpendicular a outra vaga, se o cara parar o carro ali e chegar outra pessoa, o carro fica travado!! Isso se conseguir mesmo colocar o carro ali, pois um banco tem sempre as vagas cheias na porta. E não basta uma, para manobrar e entrar ao lado do jardim é preciso duas vagas disponíveis atrás a vaga de deficiente. É ou não um absurdo total??
Como disse o Alfredo, o único jeito de chegar na vaga é de helicóptero ou guindaste!
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Pratyko

Esses dias recebi um e-mail do Márcio David, um cadeirante de Lages (SC) que está tocando uma excelente iniciativa para auxiliar na locomoção de cadeirantes. Ele está desenvolvendo um veículo totalmente pensado para os cadeirantes, o Pratyko (http://www.pratyko.com.br/). O objetivo é criar um veículo que atenda as necessidades de locomoção dos cadeirantes sem precisarem de auxílio externo.
No Pratyko o cadeirante entra pela traseira, por um elevador elétrico, acionado por controle remoto, facilitando a entrada de cadeira de rodas manual ou motorizada, garantindo também maior segurança no processo. E a pessoa dirige na própria cadeira, sem necessidade de transferência, minimizando o esforço. O projeto ainda está em etapa de protótipo, no site há mais informações e o Márcio ainda busca parceiros para viabilizar este fantástico veículo. Vamos participar e apoiar o projeto, no site há uma enquete e formas de contato, nossa opinião é muito importante.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Decepção japonesa

Ainda me me surpreendo muito com a falta de acessibilidade em BH. Mas esse exemplo de hoje beira o ridículo. Falo do restaurante Rokkon, localizado na rua São Paulo, 2164. Já conhecia o restaurante, fui várias vezes no que fica no Shopping Pátio Savassi, perto da minha casa, passei o último dia dos namorados lá. É especializado em comida japonesa, uma dos melhores que já comi em BH. Mas hoje me decepcionou muito. A rua é uma leve descida, e não encontrei nenhuma vaga de deficiente, mas consegui estacionar perto.
É uma casa que foi adaptada para o restaurante, e  ficou bem charmoso, com uma varandinha muito agradável. Aí começa o absurdo. A varanda termina no nível da calçada (como podem ver na foto abaixo), mas a entrada é mais embaixo, e tem uma escada com três degraus na porta. E não tem rampa móvel, nem entrada alternativa, só mesmo pedindo aos garçons para te levarem escada acima.
Aí me pergunto: será que custava fazer a entrada do outro lado aproveitando o nível da calçada e deixando o lugar mais acessível? Custava fazer uma rampa móvel que pudesse ser colocada em cima da escada quando necessário?
E um lugar que não tem acesso, obviamente não tem banheiro adaptado. Pra que? Quantos clientes seriam atendidos a mais? São poucos os usuários de cadeira de rodas e mesmo assim não saem de casa, então não tem porque se preocupar, certo? Errado. Além de atender mais um cliente, este pode trazer seus amigos, familiares, e o estabelecimento ainda fica bem visto por se preocupar em atender a todos, pois não são só cadeirantes que se beneficiam com melhor acesso, há os muletantes, idosos e diversas outras pessoas que terão outros motivos para voltar.
Pelo menos a comida é muito boa, hoje experimentei polvo grelhado com batata e combinado de sashimi e sushi. E como sou brasileiro, que não desiste nunca, faço questão de sair de casa, conhecer novos lugares, provar novos sabores. Esses estabelecimentos devem, então, para garantir acesso de todo mundo, pagar academia para seus garçons, pois a qualquer momento pode aparecer um cadeirante por lá. Se não tiver lido esse post, claro.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Restaurante indiano


No sábado à noite fomos conhecer o Maharaj, um restaurante indiano muito chique, que fica na rua Paraíba com Afonso Pena.
O lugar fica embaixo do consulado indiano, em uma casa enorme, antiga mas restaurada. Só que esqueceram da acessibilidade na restauração. E é mais um triste exemplo de "não é acessível porque não quer". Ou porque nenhum parente do dono precisou. Parece que o povo tem que sentir na pele pra dar valor a isso.
Na entrada tem um pequeno degrau e depois de um espaço vem mais três. E lá dentro há mais um descendo para outro nível de mesas. Nada que pequenas rampas móveis não resolvam. Como não tinha, apelei para a rampa "braçal" dos garçons. Banheiro adaptado, nem pensar.
Lá dentro a decoração impressiona, muitas estátuas, quadros, tapetes, e até um tuk-tuk de verdade faz parte do ambiente. Tem um telão que passa clipes de música indiana o tempo todo. Fomos com dois casais de amigos e meus pais.
Eu comi um prato com cubos de queijos e um molho que parece mingau de inhame (só na aparência), a Gi comeu frango com um molho maluco, minha mãe pediu um arroz com camarão, meu pai comeu cordeiro (no bom sentido) e uma amiga pediu um outro prato com camarão. Os molhos indianos são muito fortes e gostei mais dos pratos com camarão, mas é tudo muito bem feito. E bem carinho. Mas pra experimentar e curtir uma noite diferente, vale o sacrifício, apesar da "inacessibilidade".
Marbeny e Fernanda em frente ao Tuk-tuk

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Colocando a cadeira no carro

Domingo passado, aproveitando a vinda do meu irmão, fiz um vídeo demonstrando como eu coloco a cadeira de rodas no carro sozinho. É uma "manobra" que dá a nós, cadeirantes, muita independência, assim podemos sair de casa e ir pra praticamente qualquer lugar sem precisar de ninguém pra ajudar. Só não dá pra ir a lugares onde o piso é muito ruim, porque aí a gente até sai do carro, mas fica agarrado na rua...
Para realizar a manobra é preciso ter um pouquinho de força, pois por mais leve que seja a cadeira dá um certo trabalho pegar ela de um lado e passar para o outro, e ainda tendo que equilibrar o corpo. Mas pra tudo tem jeito e com treino e alguns macetes tudo se resolve. Um dos macetes pra manter o corpo e ajudar na estabilidade é colocar o cinto de segurança antes de começar. Eu não uso porque já acostumei.
A cadeira também ajuda, e quanto mais leve melhor. No início eu colocava a dobrável, ou em "X" como alguns dizem, e apesar de ser mais pesada ela passa mais fácil por cima da gente porque é mais fina. A minha cadeira atual, uma M3, atrapalha por ser grande, e sempre ela dá uma buzinada no meio do caminho. E geralmente alguém se assusta por perto ou fica achando que eu estou pedindo ajuda, só que até a pessoa chegar já coloquei ela no lugar. Várias vezes depois da buzinada apareceu alguém perguntando "quer ajuda?", e eu sempre dou uma risadinha falando "agora não precisa"...
Outra coisa que ajuda é um carro que facilite a aproximação da cadeira, tenha uma porta que abra bastante e uma trava de porta que não machuque as costas, como já aconteceu comigo. Mais um macete que ajuda a passar a cadeira por cima de você é rebater um pouco o banco, deixando mais espaço entre você e o volante.
Detalhes sobre o vídeo: nunca fica do jeito que a gente quer, e neste caso relato minhas gafes: nunca começo tentando pegar a roda da cadeira, sempre pego pelo eixo e levanto até a posição que permita tirar a primeira roda e depois giro ela, encostando na porta pra que eu tire a segunda roda. Nunca paro a roda sobre a perna, como fiz. E se repararem, a cadeira quase caiu, eu peguei ela no ar. Pelo menos de reflexo ainda estou bem. Mais um detalhe que não aparece, quando passei a cadeira derrubei o suporte de GPS, não sei como não quebrou.
Outra coisa, não costumo deixar ela no banco com as rodinhas pra cima, pois ela fica batendo no painel, prefiro colocar ela "sentada" no banco do passageiro, com as rodinhas pra baixo, desse jeito até pra tirar depois é mais fácil. Ah, e depois vou ver se faço um vídeo mostrando como tiro ela do carro. É mais fácil e mais rápido do que colocar.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Luto

No início da noite de hoje meu pai me ligou dando a notícia: meu tio faleceu (à direita na foto, o outro é o genro dele). Estou profundamente triste, como eu não ficava há muito tempo. Meu tio era um cara extremamente prestativo, boa praça, bom papo, muito animado, e me tratava como um filho. Passamos bons momentos juntos e me orgulho de chamá-lo de tio. Ele teve incríveis experiências de vida, morou em vários estados do Brasil, do Amazonas ao Rio Grande do Sul.
Sempre que eu precisava pegar um vôo pra qualquer lugar ele me levava ao aeroporto, guardava meu carro no fim de semana e depois me buscava lá, não importava o horário, eu chegava ao aeroporto e ele estava me esperando, geralmente batendo papo com alguém. E ele tinha prazer em fazer isso, e eu ficava muito feliz. Tudo que está no lugar aqui no meu apartamento, da cortina da sala ao varal da área de serviço, foi ele que instalou. E quando viajámos por mais tempo, ele vinha aqui em casa dar uma olhada na nossa gatinha.
Como meus pais não moram mais aqui em BH, ele sempre estava por aqui pra me ajudar no que eu precisasse, isso deixava meus pais mais tranquilos.
E como sinto falta dos longos papos na varanda aqui de casa tomando uma cervejinha. Tio sempre me deu bons conselhos sobre tudo, principalmente mulheres. E se hoje sou o que sou, devo parte disso a ele.
Fica aqui minha homenagem a esse grande cara que sempre fará parte da minha vida.
Altair Alonso
05-10-1936 - 09-02-2011
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Voltando à acupuntura

Semana passada resolvi voltar à acupuntura, mas em outra clínica. Desta vez escolhi um profissional com especialização em fisioterapia e acupuntura, o Hélio, o telefone da clínica é 3241-3468. E estou muito satisfeito, hoje foi a terceira sessão e saí de lá completamente sem dor. O cara é super atencioso e procura se informar completamente da situação do paciente, e ataca os lugares com precisão. As agulhadas geralmente não doem nada, mas tem hora que dói muito e dá vontade de gritar "vai enfiar agulha na sua vó" mas depois passa e começa a fazer efeito.
Ah, uma novidade em relação à outra que eu fazia: eletro acupuntura. Ele conecta um fiozinho nas agulhas e manda uma pequena descarga elétrica constante nelas. Se passar da conta dói, contrai os músculos, mas é só falar que ele diminui. Achei bem interessante o sistema, e eficiente também, tanto que quase acabou com minha dor. Tem hora que me sinto numa cadeira elétrica (ou melhor, cama elétrica) mas na verdade não incomoda, tanto que às vezes até durmo durante a sessão.
Mas tem outro fator, como faço deitado eu relaxo bastante, isso também influencia para diminuir a dor. E essa deitadinha que tenho dado entre dois "turnos" de serviço (faço no início da tarde depois volto pro trampo) faz toda a diferença, muda a circulação e ainda estico as pernas. Essa é uma boa recomendação para quem é lesado e passa longos períodos sentado, dar uma deitada de uns vinte minutos a meia hora ajuda pra caramba, já que a gente não tem como levantar pra dar uma esticada.

Carros adaptados em locadora

Ano passado deixei meu carro para revisão geral e fiquei alguns dias sem ele, e na ocasião pesquisei se haviam carros para alugar adaptados em BH, e só encontrei uma opção, na Lokamig, como contei neste post. E a partir deste mês eles contam com um novo veículo, um Classic da Chevrolet, adaptado com um moderno equipamento da Guidosimplex, com embreagem automática progressiva. Além disso estão fazendo uma nova campanha publicitária para divulgar o serviço, até então a única opção para algum cadeirante que precisar alugar um carro em Belo Horizonte. Fica a dica.

UPDATE: a Lokamig não tem mais o veículo adaptado, infelizmente retiraram de circulação. 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Triste fim de semana

Esse fim de semana foi trash... mas mesmo assim teve bons momentos. Mas a parte ruim foi muito ruim, ou melhor, ainda está sendo.
Começou na sexta feira à noite, resolvemos não sair e ficamos em casa, e de repente minha prima (que considero praticamente irmã) me ligou dizendo que meu tio estava mal no hospital. Esse meu tio, apesar de emprestado (casado com minha tia) é muito ligado à minha família, mais do que muito parente próximo. Todo mundo gosta muito dele. Ele sempre me ajudou muito, é o tipo de cara que resolve tudo em uma casa, de instalação de varal a concerto de pia de banheiro.
Mas o que me agrada mesmo é a companhia dele, quando eu estava só estudando, antes de começar a tranbalhar, ele vinha aqui em casa pra arrumar alguma coisa e fícávamos tomando cerveja, comendo tira-gosto e batendo papo na varanda o resto da tarde, como podem ver na foto abaixo.
Ele é um cara forte pra caramba, é espanhol (sobrenome Alonso, parente do piloto), e além das habilidades de casa ele dirige todo tipo de máquina, de grandes caminhões a aviões. E é muito bom de papo, conversa sobre tudo, tem uma inteligência admirável.
Mas ano passado ele começou a apresentar problemas na bexiga, internou e precisou fazer uma cirurgia, retirando a bexiga, que vai ser reconstruída e recolocada. Estive no hospital depois que ele saiu do CTI e achei ele bem, emagreceu bastante mas estava bem. Por isso me surpreendi com a notícia da prima.
E ela me disse que a situação dele é grave, está respirando por aparelhos e sedado. Fiquei muito triste e assustado, e não poderia ir visitá-lo pois ele está no CTI e as visitas são só das 16:00 às 17:00 e só entram dois por vez. No sábado já iam meus tios, cunhados dele, vieram de Juiz de Fora para vê-lo. Meu irmão, muito ligado a ele, veio de São Paulo para vê-lo e esteve lá ontem. Ficou impressionado com a situação dele, mas como eu, acredita na recuperação. O problema maior é que ele pegou uma infecção, e a bactéria caiu na corrente sanguínea e a recuperação é difícil. Mas pra Deus nada é impossível, estou rezando por ele, se puderem se juntem a mim.
Fiquei na casa da minha prima até umas sete da noite, foi até divertido em alguns momentos, a Dedéia é muito engraçada, mesmo na adversidade tem bom humor, assim como eu. Fui pra casa, tomei banho, mas depois do banho comecei a ficar ruim. Senti uma dor de cabeça intensa, enjôo muito forte, dores fortes no corpo, queimação nas pernas... apesar de serem dores que já sinto quase todo dia, eram diferentes. Por volta de onze horas resolvi ir pro hospital, só que na hora de passar pra cadeira, estava tão fraco que perdi o equilíbrio e raspei as costas no assento da cadeira, esfolando o lugar onde tive escara, onde a pele é mais fina. Arrancou bastante pele e saiu sangue. Ainda bem que meu irmão estava aqui, me levou pro hospital, lá fiz um monte de exame e o médico constatou uma virose. Fiquei até quatro da manhã no hospital e hoje não fui trabalhar, fiquei em casa. As dores diminuíram um pouco, o mal estar também, mas continuo enjoado. E olha que nem sou enjoado.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Verticaltech


Esse é o curioso nome de uma empresa daqui de BH especializada em elevadores para cadeiras de rodas. Uma solução para prédios e estabelecimentos que não podem adaptar uma rampa móvel como a mostrada no post anterior. Não devem ser equipamentos baratos, mas com certeza vale o investimento, todo mundo ganha com mais acessibilidade, e nós cadeirantes ficaremos eternamente gratos.
E eu descobri essa empresa assim, no meio do trânsito. Incrível como essas empresas não fazem propaganda. Muita gente já me perguntou se eu conhecia alternativas assim, e só agora posso dar a dica. Taí o site: http://www.verticaltech.com.br
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Rampa ideal

Mais um exemplo de rampa móvel para permitir acesso a cadeirantes aqui em BH. E essa é nota 10: além de ter boa inclinação, tem corrimão, o que permite ao cadeirante se apoiar ou auxiliar na subida puxando com uma das mãos, e ainda ajuda uma pessoa com dificuldade de andar a subir com segurança. A rampa móvel tem a vantagem de não precisar reformar o estbalecimento, tem baixo custo e ainda pode ser retirada em uma necessidade, e na hora de fechar a loja. E o lugar, mesmo com uma porta pequena, ficou facilmente acessível.
A loja em questão é a Saúde Vida produtos médicos, na Rua dos Otoni, 615. É onde compro a maior parte do material médico que uso todo mês, como coletores, sacos plásticos, sondas e outros. E eles vendem também cadeiras de rodas, esse dia tinha até umas pessoas escolhendo uma. Bem, uma lugar que vende cadeira de rodas tem obrigação de ter acesso né?
E o bom lá é que o pessoal já me conhece, e quando vou sozinho eu ligo antes e eles separam o material. Bem, me conhecem mais ou menos, porque até hoje, apesar de já fazer mais de um ano que compro lá, sempre que ligo eu falo "é o cara do carro vermelho", e eles reconhecem na hora. E quando chego levam o material até o carro e faço o pagamento ali mesmo. E com um belo desconto, que sempre me dão por eu ser cliente antigo. Fica a dica.

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