Semana passada passei por uma situação que já havia passado antes: fui fazer vistoria para renovação do seguro do meu carro e entrei na vistoriadora (se é que o nome é esse) de carro, falei com o porteiro que precisava que alguém viesse até meu carro pra me atender, pois estava na cadeira de rodas e ele disse pra eu parar o carro perto da mesa dos vistoriadores e aguardar. Havia duas mesas para atendimento e os caras estavam acabando de atender um senhor.
Fiquei na minha, aguardando ser atendido, até que acabaram de atender, um foi pro escritório e o outro ficou na mesa, a uns cinco metros do meu carro, só olhando pro computador. Como vi que ele não estava fazendo nada, perguntei se poderia me atender, ao que ele falou, sem nem olhar pra mim:
- Você pode se sentar aqui na frente - apontando pra cadeira vazia.Como já passei por isso, e apesar de saber que não era necessário sair do carro, falei com a maior humildade:
- Sou cadeirante e pra chegar até aí preciso tirar a cadeira aqui do lado, se aguardar um minuto eu monto ela e chego até aí.
O cara na hora mudou completamente a fisionomia, pediu desculpas e disse que eu não precisava sair do carro e ia me atender naquele minuto. Pediu o documento do carro e fez a ficha rapidinho, tirou as fotos do carro e entregou a ficha pra mim, se desculpando muito, dizendo que não sabia que eu estava na cadeira, etc, etc. Mesmo eu dizendo que entendia e não tinha problema, o cara continuava se desculpando.
Aí saquei o porque de tanta desculpa: nem era tanto pela atitude, mas sim pelo que deve ter pensado, que eu devia achar que ele estava ali pra me servir, que eu era um playboy folgado e nem ia sair do carro, e por aí vai. O que ocorreu foi preconceito "pensado", muito maior do que o realizado. Tá aí a lição, só porque o cara é jovem e não se mexe, não dá pra tirar conclusão precipitada e achar que ele é folgado, vai ver é só um quebrado!
Rsrsrs, muito boa esta sua observação com relação a preconceito...
ResponderExcluirO preconceito é uma infelicidade que sempre vai existir, não sou cadeirante mais também tenho sido vítima de alguns preconceitos... é ísso aí vamos seguir em frente e ser feliz, os preconceituosos é que não possuem tempo para isso.
ResponderExcluirAcesse nosso blog http://happylifetur.blogspot.com/ e saiba sobre o nosso serviço de transporte adaptado para cadeirantes e nossas novidades!
ResponderExcluirAte mais.
Admiro seu astral para lidar com essas situações.
ResponderExcluirAbçs.
Ângela.
Alessandro, adorei seu blog. Tbm sou deficiente física, apesar de não ser cadeirante.
ResponderExcluirEstarei te acompanhando e seguindo.
Visite-me: koisascomka.blogspot.com
Bjos.
Sam, já passei muitíssimo por isso! Mas cá pra nós, vale a pena nos colocarmos no lugar do outro, tem tanta gente pedante e cheia de direito, que de onde a pessoa vai lembrar que pode ser um cadeirante? E se há preconceito nisso, não é conosco, pois geralmente, qdo nos identificamos, somos muito bem atendidos.
ResponderExcluirComigo faço a leitura que o "atendente" pensa assim : -Ah tá, é uma cadeirante, pensei que fosse uma perua metida!
E claro que eles não nos confessam isso, por que normalmente são bonzinhos, nunca imaginam que possa haver uma cadeirante perua e metida, por isso pedem tantas desculpas!
um dia precisei ir ao médico levar um dos meus filhos e o profissional nos tratou muito mal,achando que eu queria usufruir de uma consulta gratuita sendo que poderia pagar uma em um consultorio tradicional.Fui humilhada com o tratamento e ainda debochada quando me dando amostra gratis de remédios perguntou:Isso vc pode pagar?Na consulta de volta,levei os meus 6 filhos comigo,todos pequenos,e entrei na consulta com todos,e fui dizendo:Doutor estamos desempregados,e precisamos de ajuda com as crianças.......o jogo mudou, e ele pareceu muito com o homem que te atendeu.Virou do avesso para nos ajudar...olhou para todas as crianças e abraçou-as .Era um homem bom, mas a pré idéia sobre nós sermos folgados, durante uns dias me colocou para baixo.....gostei do post.um grande abraço.
ResponderExcluir