segunda-feira, 3 de maio de 2010

Festa no interior

Este fim de semana fomos pra roça, participar da III Festa do Chapéu de Paula Cândido. A cidade fica a 24 km de Viçosa, e é a terra da minha namorida, a Gi. No caminho já inventei uma aventura: no meio da estrada tinha uma placa indicando um atalho por uma estrada de terra, resolvi arriscar. Mas a estrada não estava tão boa assim no início, e de repente começaram as bifurcações. Sem placa, claro. Fomos pela intuição mas achei melhor perguntar, e felizmente estávamos no caminho certo e chegamos bem.
Bem na hora do almoço, diga-se de passagem, e pegamos uma costelinha com quiabo que minha sogra faz que não tem igual. Com tutu, linguiça de frango e farofa, só pra vocês babarem. Pra sobremesa, pé de moleque feito com rapadura e canudinho de doce de leite. Acho que engordei uns 5 quilos.
A festa era bem perto da casa da minha sogra, uns 50 metros. Só que a casa fica numa descida de pedra fincada (asfalto lá só na rua principal). Mas resolvi ir de cadeira mesmo, afinal meu concunhado tava lá pra isso mesmo. Sempre digo que se cunhado fosse bom não começava com cu, por isso concunhado tem que dar o dobro do trabalho. Na ida foi tranquilo, ele foi aparando a cadeira de ré até a parte mais difícil e depois foi empinando até a festa. Lá chegando me impressionou o preço, R$ 10,00 por cabeça, pra interior isso é muita grana. O lugar é gramado, mas cheio de buracos, e fica ao lado do campo de futebol da cidade. É meio apertado, mas acho que a ideia era pra ficar cheio com pouca gente.
Quando chegamos lá estava totalmente vazio, mas estava cedo, depois encheu. A grande atração da noite era "Raul Seixas cover", depois da banda "Energia". Chique, né? Ficamos lá na cervejinha e tira gosto até a Gi fazer a graça da noite: foi pegar uma cerveja e ela caiu no chão. E mesmo eu avisando, ela abriu a cerveja e deu um banho no meu concunhado, foi abaixar a latinha e deu banho em mais uns quatro. Ainda bem que tava todo mundo de costas e ninguém percebeu, senão a gente tinha apanhado.
Acabou o show do "Raul" e fomos embora. Na hora de subir... meu concunhado viu estrelas. Quase noventa quilos morro acima em chão de pedra fincada não foi fácil não. Mas as meninas ajudaram "guinchando" na frente e chegamos bem.
O fato é que acessibilidade ainda é uma palavra desconhecida no interior, mas acho que é falta de cobrança das autoridades (nem que seja dos vereadores), afinal eu sei que existem cadeirantes por lá também, mas caem na bobeira de achar que devem ficar em casa, que vão incomodar. Que bobagem, é só arrumar um concunhado!

2 comentários:

  1. Esse concunhado pode ser emprestado? Rsrss
    Tô gostando de acompanhar suas aventuras. Um abraço! Rafaela Costa

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  2. Olá, me chamo Andreza e meu namorado Jose Roberto é cadeirante (paraplégico), somos do interior de São Paulo, e sua história acima é vivida por nós muitas vezes, mas isso nunca foi impedimento para eu e o Beto sairmos, nós vamos pra todo lado, enfrentamos juntos as dificuldades, mas sempre com bom humor e ao mesmo tempo buscando reclamar com as autoridades afinal as coisas tem que melhorar né. E nós também temos um cunhado pra essas situações KKKK, afinal a vida continua e nada melhor que ela seja vivida com muito amor e diversão.
    Parabéns pelo blog.

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