Ele é um dos lugares em que as maiores diferenças aparecem quando se é cadeirante: o banheiro. E é motivo de muita polêmica na luta pela acessibilidade.
Mas afinal, quais as adaptações ideais? As barras de apoio são a exigência mínima, necessárias em qualquer adaptação para cadeirante. As mais adequadas são as fixas de um lado e móveis do outro, como da foto abaixo, de um banheiro da UFMG, que permitem que o cadeirante coloque a cadeira ao lado do vaso para fazer a transferência, depois a retire e feche a barra para se posicionar melhor. Mas se houver pelo menos uma barra ao lado do vaso já é suficiente para se apoiar na hora da transferência.
Mas a grande polêmica no banheiro é mesmo o vaso sanitário. Há modelos com assentos mais macios, com assentos tipo meia lua, abertos na frente, e há até vasos sanitários com uma abertura no próprio vaso, como o da foto abaixo. Esta abertura, que causa estranhamento em muita gente, acredito que seja para dar espaço na hora de fazer o cateterismo. E é o modelo mais indicado, porque atende a qualquer situação. Mas o mais importante mesmo é o vaso ser mais elevado, em pelo menos quinze centímetros em relação ao chão, devido à altura da cadeira de rodas. Pode já ser feito mais alto, como o de baixo, ou sobre uma plataforma, como o de cima. Uma adaptação extremamente simples mas que muita gente deixa de fazer por falta de informação.
A ideia do post foi da minha amiga Sandra, de Petrolina, que me contou sobre um banheiro do aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, que tinha até uma haste pendurada no teto para o cadeirante se pendurar para se arrumar melhor. E não é que ela descolou uma foto pra gente colocar aqui? Olha só que bizarro:
No fim das contas, o que deve ter o banheiro para um cadeirante: uma porta bem larga, com no mínimo 70 centímetros para entrar uma cadeira de rodas, barras de apoio ao lado do vaso sanitário e o vaso sanitário mais alto do que os modelos normais. E bastante espaço para manobrar a cadeira de rodas. Esqueci alguma coisa?