Ontem de manhã participei da 1ª Caminhada Ecológica da Gasmig, realizada no Parque das Managabeiras, aqui em Belo Horizonte. Apesar de parecer meio surreal um cadeirante participando de uma caminhada, na minha opinião é aí que está a inclusão. É claro que não fui lá pra caminhar, mas pra participar do evento, encontrar os colegas de trabalho fora do ambiente da empresa e desfrutar de uma bela manhã de sábado ao ar livre, no meio da natureza, e passear pela parte plana do parque. E ainda havia o atrativo da programação informal pós-caminhada: hidratação com "suco de cevada" e recuperação de calorias na churrascaria do mercado do Cruzeiro (o problema é que eu não perdi muitas calorias...).
Na hora da caminhada minha ideia era rodar pelo parque, que é imenso e tem muitos lugares planos e bacanas, e depois esperar o pessoal chegar em um dos vários quiosques e mesas à sombra de árvores. Mas mesmo não tendo ido pra participar ativamente da caminhada, um dos instrutores insistiu em me levar até um mirante, que dizia ele ser "pertinho", logo no início da caminhada. Mesmo sendo mineiro me esqueci que nossos padrões de distância são diferentes do resto do Brasil, pois perto de mineiro nunca é menos de cinco quilômetros e aceitei a idéia de ser levado pelo caminho inicial: uma estradinha de pedra fincada. O cara foi empurrando a cadeira empinada com duas pessoas puxando pela frente.
Nos primeiros metros achei tranquilo, o pessoal fez piadinha, e eu já estava pensando em alugar a cadeira a 50 reais o minuto, já que tinha gente pensando em entregar os pontos. Mas à medida que o instrutor começava a bufar, o pessoal que puxava na frente se revezava e a cadeira trepidava cada vez mais, percebi que o mirante não estava tão perto assim e a ideia de ir até lá estava se mostrando um verdadeiro programa de índio. Adequado, dado o ambiente de mata, mas não seria agradável pra todo mundo, nem pra mim. Feliz com a meia caminhada carregada, resolvi voltar dali, e outro instrutor voltou com a gente.
Aí fizemos o que me propus desde o início: ficamos nos quiosques tomando água de côco, comendo milho verde e conversando com as mulheres que ficaram pra tomar conta de filhas pequenas. E depois que o pessoal chegou fomos pra churrascaria.
Achei um grande barato o evento, é muito importante essa integração entre funcionários, ainda mais despertando o pessoal para atividade esportiva, lazer e integração com o meio ambiente. São ações assim que tornam a empresa um lugar bom para se trabalhar.
Quanto ao parque, tem estacionamento próprio, acesso para cadeira de rodas, rampas para todos os lados e banheiros adaptados. Vale a pena conhecer e rodar ao ar livre, saindo um pouco da loucura da cidade e do ambiente de prédios e ruas que presenciamos todo dia. E pra namorar também é uma boa pedida!