É gente, vida de cadeirante tem mais dureza do que eu pensava. Anteontem precisei pela primeira vez "correr" para resolver uns pepinos e senti na pele o que é andar de cadeira de rodas pelo centro de BH. Precisei deixar o carro em um estacionamento abaixo da Afonso Pena, principal avenida do centro (essa aí de cima - até que é bonita, né?). Aí começou a luta, subir um morro tocando a cadeira. Sempre aparece alguém para ajudar, mas só apareceu quando eu estava no meio do morro. Esse negócio de altos e baixos é uma constante em todas as cidades mineiras, afinal nossa topografia é montanhosa. Além do esforço, um problema que encontrei foi controlar para a cadeira não virar pra trás. Tive que manter o corpo inclinado pra frente e ao mesmo tempo por força nas rodas.
Mas a peleja estava só começando. Pra chegar ao prédio em que eu ia ainda tive que enfrentar a calçada cheia de gente e de buracos. Pior é que eu estava com o tempo contado, tive que acelerar. Chegando no prédio, havia roleta mas pelo menos a portinha pra cadeira tinha. E na escada da entrada havia uma rampa, só que era tão íngrime que sozinho era impossível subir. Mais uma ajudinha de gente que estava por ali.
Cheguei no destino (precisava de um documento do CRA - Conselho Regional de Administração), solicitei o que precisava e a secretária me pediu outro documento que tinha ficado no carro. Maravilha, fui lá pegar. Mais uma aventura: descer morro na cadeira. Nessa hora, a leveza da M3 jogou contra: a bichinha desce que é uma beleza, mas pra segurar é dose. Fui segurando pelos aros até minha mão esquentar tanto que dava pra fritar um ovo. Aí da imaginem a volta, cansado de tocar e subindo o morro de novo. Mesma coisa, no meio do caminho apareceu uma alma boa pra me ajudar.
Resolvido o problema, fui direto pra universidade, tinha aula e cheguei atrasado mas a tempo de fazer um trabalho. O resultado disso foram dores no corpo que até hoje não passaram. É, vida de cadeirante é isso aí...
Fio!!!Depois de tanta ginástica a Gi deve ter até jogado fora a máquina de lavar e tá lavando roupas no tanquinho que se formou no seu corpitcho.
ResponderExcluirOi, comecei a ler seus posts agora a pouco e tó gostando muito. sou de recife e aqui as calçadas são osso tambem nao tenho muita força nos braços e minha mãe que me empura ela sofre quando tenho sair com ela.
ResponderExcluirobs descupa os erros de português.