Na Reatech, em São Paulo, conheci o Taxi Acessível, um Doblo adaptado para entrar com a cadeira de rodas sem desmontar, com cadeirante e tudo. É um serviço muito importante em uma grande cidade, como Belo Horizonte, mas aqui ainda não tiveram essa brilhante ideia. Será por falta de demanda? De acordo com o último senso do IBGE, 14,5% da população possui alguma deficiência. Tudo bem que qualquer tipo de deficiência conta, mas dentro deste percentual deve haver um bom número de cadeirantes, digamos uns 5%. É gente pra caramba.
Mas independente do número de pessoas, este serviço seria útil e inclusivo, permitiria aos cadeirantes maior liberdade de locomoção, principalmente para os que não dirigem. Estes sempre precisam contar com a boa vontade de parentes e amigos, que ainda têm o trabalho de desmontar e montar a cadeira. Esta iniciativa deveria ser apoiado até mesmo pela prefeitura municipal. Aí vem uma análise pessoal: falar, todo mundo fala, mas quem toma alguma atitude?
Pra quem devemos reclamar, exigir direitos e cobrar resultados? Em São Paulo há uma secretaria só pra isso na prefeitura. Aqui em BH, eu não achei nada do gênero. Mas também não fico só no bla-bla-blá. Mandei e-mail pra tudo quanto é cooperativa de taxista que achei na Internet e um pra prefeitura também. E quem tiver mais algum contato, manda brasa.
Será que os taxistas não percebem que é um diferencial? Será que eles tem medo de não conseguir demanda? Aí entra a tecnologia. Os carros mais modernos, a exemplo do honda Fit, são dotados de modularidade, ou seja, os bancos são como módulos, é possível levantar o assento, abaixar o encosto ou até tirar o banco fora. Não sei se esse é o caso do Doblò, mas mesmo não sendo não é difícil montar e desmontar os bancos, para usar normalmente ou permitir a entrada de uma cadeira. O que demanda investimento mesmo é o elevador, mas se uma cooperativa dessas tiver consciência social isso não será problema. Ainda acho que o governo devia exigir um desses em cada capital.
Aproveitando o gancho do Dado, do Mão na Roda, ele listou os serviços de táxi adaptado que encontrou pelo Brasil afora, confiram clicando aqui. Valeu brother!
Fala Sam! Esses 5% aí estão um pouco otimistas (ou pessimistas?). O total de cadeirantes fica entre 0,5% e 1%. Independente disso, também acho que é um serviço essencial e os governos tinham que dar alguns benefícios fiscais para promovê-los, sem esquecer do transporte coletivo adaptado, claro. Aliás, como é a acessibilidade dos ônibus aí em BH? (obs: no Mão na Roda tem uma lista com táxis adaptados em várias cidades do Brasil!)
ResponderExcluirSó isso de cadeirantes? Ainda bem, ou ainda mal, mas mesmo assim ainda é gente pra caramba! E a necessidade é mesmo independente da quantidade, é função social. Aqui em BH até que tem muitos ônibus adaptados, com elevador e tudo (pelo menos nas linhas mais importantes, com maior demanda) Ainda assim é importante o táxi, imagina numa emergência ter que esperar buzão, ninguém merece!
ResponderExcluirIsso aí, Sam... Nesses 14,5% que divulgam o tempo todo a imensa maioria é deficiente visual que só precisa usar óculos. Sinceramente, eu nem gosto de usar esses números por causa disso. Mas é isso mesmo, tem que ter táxi adaptado sim. Tem gente que não consegue chegar até o ponto de ônibus (ex: ladeiras de BH), tem dia de chuva, às vezes queremos mais privacidade etc. Grande abraço!
ResponderExcluirOi, Sam, sou Paulinho, velho cadeirante, também de BH, cheguei no seu blog através do Mão na Roda, e achei um barato isso que já vi por aqui. Sou paraplégico há 60 anos (tive pólio aos 6 meses de vida), andei com muletas a vida toda, e de uns 10 anos prá cá tornei-me cadeirante. Tirei minha carteira de motorista em 1972, quando isso ainda causava espanto, e desde então enfrento essas barras que você parece conhecer bem. Vou frequentar seu barraco vez por outra. Mantive um blog por uns cinco anos onde a questão da deficiência ocupava bom espaço. Agora, por uma questão específica, estou voltando à blogosfera. A gente vai se falar...
ResponderExcluirOlá Paulinho, bem vindo! Você é autoridade em nosso meio, com sua experiência deve ter muita história pra nos passar. Se quiser mandar uma matéria ou sugerir algum tema, só tem a acrescentar. Abraço!
ResponderExcluirjuarez vitoria-es quanto custa pra instalar no doblo e onde instala
ResponderExcluirola bom dia gostaria de sabe se em florianopolis tem dublo adaptada ,tenho um congresso de medicia sou cadeirante ,
ResponderExcluirolá, minha mãe é cadeirante e tem em Brasilia um dobló adaptado. Será que encontro serviço de taxi acessível em Floripa, ou para alugar? Estamos indo no final do mês para Floripa! Obrigada. Cristina
ResponderExcluirPena que o preço da tarifa seja tão cara,R$ 6,00 o KM rodado aqui no Rio de Janeiro.
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